Pendência ambiental para a obra do Shopping Jardins;preocupa clientes
O Piauí vive um excelente momento em relação aos novos investimentos nas áreas da Saúde, Educação, Alimentação, Lazer e Construção Civil. Isso teve reflexo direto em novos empreendimentos, em especial a construção de shopping’s. O estado conta hoje com três, Teresina Shopping e Riverside, na capital, e o Parnaíba Shopping, no litoral. Outros cinco estão em construção, além do Cocais, em Timon.
Apesar disso as construtoras estão com sérios problemas em fazer a entrega dos mesmos. Uma que chama a atenção é a construção do Shopping Jardins, que está suspensa desde abril. O lançamento aconteceu no final de 2012, pela RR Construções, e até uma central de vendas foi aberta da avenida Frei Serafim, onde 70% das comercializações seria feita pela construtora, mas o ponto foi fechado meses depois. A Obra parou na terraplanagem e ninguém trabalha no local, que começa a ser tomado pelo mato.
ESTRUTURA DO SHOPPING
O Jardins estava com as obras na avenida Joaquim Nelson, bairro Gurupi, Zona Sudeste de Teresina. Segundo o anúncio, que foi feito inclusive pela atriz global Cláudia Raia, o empreendimento teria 214 lojas, 5 megalojas, 4 lojas âncoras, 2 bancos, espaço saúde e Office Center. A Área Bruta Locável (ABL) seria de 24 mil m², que segundo a Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce), é de médio porte. O Teresina Shopping, para comparar, tem 60 mil m² e é considerado mega. O shopping teria ainda 4 salas de cinema e 1.450 vagas na garagem.
O Jardins estava com as obras na avenida Joaquim Nelson, bairro Gurupi, Zona Sudeste de Teresina. Segundo o anúncio, que foi feito inclusive pela atriz global Cláudia Raia, o empreendimento teria 214 lojas, 5 megalojas, 4 lojas âncoras, 2 bancos, espaço saúde e Office Center. A Área Bruta Locável (ABL) seria de 24 mil m², que segundo a Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce), é de médio porte. O Teresina Shopping, para comparar, tem 60 mil m² e é considerado mega. O shopping teria ainda 4 salas de cinema e 1.450 vagas na garagem.
PREÇOS DE VENDAS DO SHOPPING
Assim que foi lançado, as lojas custaram a partir de R$ 138.600 mil, com 24 m², e chegavam a R$ 1,9 milhão, com 362,92 m². O preço médio em geral é de R$ 250 mil. Assim como o Riverside, as lojas eram vendidas, ao contrário do Teresina Shopping, que apenas aluga as lojas.
Assim que foi lançado, as lojas custaram a partir de R$ 138.600 mil, com 24 m², e chegavam a R$ 1,9 milhão, com 362,92 m². O preço médio em geral é de R$ 250 mil. Assim como o Riverside, as lojas eram vendidas, ao contrário do Teresina Shopping, que apenas aluga as lojas.
PRIMEIROS PROBLEMAS NA OBRA
Em abril deste ano, a imprensa divulgou os constantes alagamentos que aconteceram na avenida Joaquim Nelson, onde está a construção do Shopping Jardins, e vários estabelecimentos comerciais, como a Soferro. O local virou um verdadeiro lago, e um veículo Amarok quebrou ao tentar atravessar para o outro lado da via.
Em abril deste ano, a imprensa divulgou os constantes alagamentos que aconteceram na avenida Joaquim Nelson, onde está a construção do Shopping Jardins, e vários estabelecimentos comerciais, como a Soferro. O local virou um verdadeiro lago, e um veículo Amarok quebrou ao tentar atravessar para o outro lado da via.
O problema se deu pelas falhas no sistema de escoamento de água e que causou o alagamento que houve no local. O terreno ficou completamente alagado e a água teve que ser drenada para que a obra fosse retomada, mas isso nunca aconteceu.
EMPRESA REALIZOU RELATÓRIO TÉCNICO
Na época, Raimundo Dias Filho, da RR Construções, foi procurado pela reportagem do180, ele era responsável pela obra do shopping, e informou que há meses havia solicitado a solução da prefeitura de Teresina, afim de que problemas como esses fossem evitados, mas nada aconteceu.
Na época, Raimundo Dias Filho, da RR Construções, foi procurado pela reportagem do180, ele era responsável pela obra do shopping, e informou que há meses havia solicitado a solução da prefeitura de Teresina, afim de que problemas como esses fossem evitados, mas nada aconteceu.
Segundo ele, um tubo deveria fazer a canalização da água para um riacho próximo, mas por ser apenas um, e com 80mm de diâmetro, não suportou a quantidade de água que caiu, provocando o alagamento. Ele chegou a afirmar que as obras do shopping iriam continuar assim que as águas baixarem mais. Apesar de ter provocado grandes prejuízos, não atrasará de maneira significativa o andamento da construção, que tinha inauguração prevista para outubro de 2016.
PREFEITURA SUSPENDEU IMEDIATAMENTE A OBRA
A SDU Sudeste decidiu no dia 14 de abril deste ano, suspender as obras do Shopping Jardins. A decisão foi baseada no descumprimento do item 4 da licença ambiental, que condiciona a execução da obra à aprovação definitiva do Plano de Drenagem Pluvial.
A SDU Sudeste decidiu no dia 14 de abril deste ano, suspender as obras do Shopping Jardins. A decisão foi baseada no descumprimento do item 4 da licença ambiental, que condiciona a execução da obra à aprovação definitiva do Plano de Drenagem Pluvial.
Em nota, a prefeitura informou que: a construtora responsável pela obra não apresentou um plano de drenagem, mas apenas um relatório técnico, com algumas inconsistências que precisam ser corrigidas. Dessa forma, até que sejam feitas todas as adequações, a licença para a execução da obra do shopping está suspensa para garantir a total segurança.
NOVO PROJETOA RR Construções teve que fazer um novo projeto e apresentar à Prefeitura de Teresina. O projeto que esteve na Secretaria de Meio Ambiente do município está agora na gestão de meio ambiente da SDU Sul aguardando resposta do órgão. Enquanto isso a obra segue parada.
ASFALTO PODE SER OUTRO MOTIVO
No projeto do shopping, uma rua será construída ao lado do shopping. Segundo alguns corretores, outro motivo para o atraso da obra é o impasse de quem seria responsável para construir a via: se a construtora ou a prefeitura. Até agora nada foi iniciado, mas terá grande importância para o empreendimento.
No projeto do shopping, uma rua será construída ao lado do shopping. Segundo alguns corretores, outro motivo para o atraso da obra é o impasse de quem seria responsável para construir a via: se a construtora ou a prefeitura. Até agora nada foi iniciado, mas terá grande importância para o empreendimento.
CORRETORES NÃO FORAM INFORMADOS
O 180 conversou com alguns corretores de imóveis, que afirmaram não receber informações da construtora sobre a suspensão da obra, e que estas informações só foram repassadas para os clientes. Alguns corretores ficaram preocupados, pois fizeram a venda e tiveram no caminho esse atraso significativo. No começo os clientes ficaram aflitos, mas aguardam a continuação da obra, já que foi prometido que seria entregue em tempo hábil.
O 180 conversou com alguns corretores de imóveis, que afirmaram não receber informações da construtora sobre a suspensão da obra, e que estas informações só foram repassadas para os clientes. Alguns corretores ficaram preocupados, pois fizeram a venda e tiveram no caminho esse atraso significativo. No começo os clientes ficaram aflitos, mas aguardam a continuação da obra, já que foi prometido que seria entregue em tempo hábil.
AGORA É ESPERAR
O próximo passo é aguardar o aval da SDU Sudeste sobre o novo projeto. O shopping, que é o primeiro fora da região da Zona Leste e centro de Teresina, já teve vários prejuízos com o atraso da obra e ainda pode ter muito mais com as suas consequências. Após a verificação do projeto, será possível avaliar se vale à pena ou não continuar a construção do shopping, já que ainda dá tempo parar. Para evitar problemas maiores, a construtora prefere ir até o fim.
O próximo passo é aguardar o aval da SDU Sudeste sobre o novo projeto. O shopping, que é o primeiro fora da região da Zona Leste e centro de Teresina, já teve vários prejuízos com o atraso da obra e ainda pode ter muito mais com as suas consequências. Após a verificação do projeto, será possível avaliar se vale à pena ou não continuar a construção do shopping, já que ainda dá tempo parar. Para evitar problemas maiores, a construtora prefere ir até o fim.