Por Graciane Sousa
Todo mundo acha lindo ver um cachorrinho passeando de carro e com a cabeça na janela. Quem nunca fez isso! Apesar de muito fofo, essa é uma conduta que deve ser evitada. Ter um animal de estimação requer cuidados em todos os momentos, inclusive, na hora de pegar a estrada. Levar o bichinho de estimação de qualquer jeito, além de ser um risco para todos os ocupantes do veículo, gera multas.
No mercado pet há inúmeras opções para transportar animais durante a viagem. O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Tony Carlos, enfatiza que mesmo dentro de caixas de transporte próprias para animais, é INDISPENSÁVEL o uso do cinto de segurança.
"Os animais se tornaram membros da família e durante as viagens ocupam o espaço de uma pessoa dentro do carro. Independente se o animal será levado em uma caixa própria para pets ou preso mesmo a cintos especiais para cães, ele sempre tem que ir preso, por uma questão de segurança", explica o Tony Carlos.
Em Teresina, o valor médio de caixas de transportes próprias para pets de pequeno porte é R$ 70. Já os cintos especiais para cães (que são presos na coleira) custam cerca de R$ 20.
Cintos especiais para cães
Caixas de transportes próprias para pets
Ele frisa que a guia deve ser ajustada para evitar que o bichinho seja arremessado em casos de freagens inesperadas ou acidentes.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê multas para o transporte errado de animais. A legislação diz que o bichinho nunca pode ir na parte externa dos veículos. Portanto, se seu cachorro adora colocar a cabeça pela janela, saiba que você pode levar uma multa por isso. Também não pode ir na cabine de caminhonetes. Isso é considerado uma infração grave, com multa de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira. Também é proibido levar o animalzinho no colo ou do lado esquerdo, entre o corpo e a porta. Neste caso, a multa é de R$ 130,16 e quatro pontos.
"Em hipótese nenhuma o animal pode ir solto. Todo veículo tem o espaço de compartimento para pessoas e para cargas, que deve ser respeitado. O animal solto pode ter uma atitude inesperada e distrair o condutor, por exemplo. Em casos de acidente, ele pode ser lançado para fora do veículo, cair entre os pés do motorista e impedir que ele pise nos pedais, perdendo o controle do carro. Em casos de freagem brusca, ele pode ser lançado e jogado contra a cabeça do condutor...todas essas são situações podem ocorrem caso o animal viaje solto dentro do carro", alerta o inspetor, acrescentando que a mesma regra vale para o transporte de objetos grandes, como televisores, que devem ser levados sempre no bagageiro.
De acordo com a PRF, no Piauí não é muito comum autuações pelo transporte irregular de pets. Contudo, não vale a pena colocar toda a família em risco, não é mesmo?
Pit stop no veterinário
A médica veterinária, Rosa Melo, explica que assim como alguns humanos, os bichinhos também podem sofrer como naúseas e enjôos durante as viagens. Por isso é importante conhecê-lo bem. A ida ao veterinário antes de curtir as férias é importante.
"Alguns animais ficam calmos, mas alguns podem apresentar estresse ou mesmo enjôo e para isso existem alguns remédios que podem ser levados na bagagem. A recomendação é procurar um veterinário pois a automedicação não é válida", explica Melo.
Dependendo da duração da viagem, serão necessárias paradas na estrada para que o animal possa se alimentar, tomar água e também fazer xixi. Rosa Melo orienta ainda que os donos devem manter o calendário vacinal dos pets em dia, além da vermifugação e carrapaticidas.
fonte cidadeverde.com