O paciente estava internado desde o dia 11 de dezembro de 2024 com um quadro de infecção urinária, além de ter sofrido um AVC hemorrágico e apresentar pneumonia. Carine afirma que já tinha consciência da gravidade do quadro de saúde do pai, mas relata que a situação foi agravada pelo tratamento recebido na unidade hospitalar.
Segundo Carine, logo na entrada da UTI, ela teve uma experiência frustrante com uma suposta auxiliar do médico. Conforme seu relato, a funcionária sugeriu imediatamente a intubação do paciente, o que foi interpretado como um atestado de óbito antecipado.
Inconformada, Carine abriu uma reclamação junto à ouvidoria do hospital no dia seguinte.
A atitude teria deixado uma enfermeira ainda mais descontrolada, levando-a a gritar com Carine.
“Meu pai já está debilitado, passando por um tratamento de saúde complicado, e ainda somos submetidos a um comportamento desumano.
O hospital está longe de ser um ambiente acolhedor para idosos. É inadmissível”, declarou Carine, classificando o atendimento como “desrespeitoso e vexatório”.
Providências Judiciais
Carine informou que pretende acionar a Justiça contra a unidade hospitalar, denunciando negligência e falta de preparo na assistência aos pacientes, especialmente os idosos
“O que estamos enfrentando aqui é um retrato da falta de respeito e de empatia com quem mais precisa. Não vou me calar”, afirmou.
Especialistas destacam que casos de negligência e maus-tratos devem ser denunciados aos órgãos competentes, como o Ministério Público.
A Constituição Federal e o Estatuto do Idoso garantem o direito a um atendimento digno e prioritário para pessoas idosas, cabendo aos hospitais e profissionais de saúde respeitar esses preceitos sob pena de sanções legais.
Investigação do Caso
O episódio evidencia a necessidade de maior fiscalização e capacitação dos profissionais de saúde, além de melhores condições para atender à população idosa, que vem crescendo em Teresina e em todo o Brasil.
Carine também relatou que, diante da insegurança com o tratamento dispensado ao pai, a família optou por levá-lo para ser cuidado em casa.
O paciente teve alta da UTI, mas precisou permanecer nela por dois dias por falta de apartamentos disponíveis. Quando, no terceiro dia, surgiu um apartamento, ele ainda estava passando por higienização, o que causou estranheza em Carine devido à presença de baratas no local.
Ela ainda relata que, segundo uma funcionária, o paciente apresentava diarreia, com curativos sujos, e não recebia medicação para controlar o quadro.
“Ficamos revoltados com o descaso por parte do hospital. Fizemos várias reclamações, mas nada foi resolvido. Meu pai não é só um número em um leito. Ele merece respeito e dignidade, como qualquer ser humano”, desabafou Carine.
A matéria continuará sendo atualizada conforme novas informações e posicionamentos forem obtidos.