quinta-feira, 7 de novembro de 2013

JVC lança suspeitas sobre os valores necessários para reformar o aeroporto

JVC lança suspeitas sobre os valores necessários para reformar o aeroporto


- Na melhor das hipóteses, pelos argumentos do senador da República, o dinheiro está sendo mal empregado. Na pior das hipóteses, o caso é muito mais sério. Ora, porque investir quase R$ 600 milhões na reforma de um aeroporto, se com esse dinheiro se pode construir um novo e melhor? Senador diz ter estudos que comprovam que o dinheiro que será gasto nos ‘puxadinhos’ do Petrônio Portella, daria para construir um outro e ainda sobraria R$ 200 milhões. ________________________________

O senador João Vicente Claudino (PTB) ocupou a tribuna do Senado Federal essa semana para criticar aquilo que ele chama de “puxadinhos” ou “peripécias aeroportuárias”, e jogou suspeita sobre os valores “estratosféricos” que estão sendo gastos para ampliar o aeroporto Petrônio Portella. Para ele os valores são surreais. 

Segundo a Infraero informou ao senador, o gastos com os “puxadinhos”, “ampliação da pista” e “outras obras de construção” terão a disponibilização de recursos da ordem de até R$ 600 milhões. 




Caro e ineficiente: senador questiona os gastos no aeroporto Petrônio Portella. A obra de reforma e ampliação do aeroporto Internacional Pinto Martins, da cidade de Fortaleza, tem o custo atual previsto em R$ 383,8 milhões. Fortaleza é uma das cidades sedes da Copa do Mundo, que tem que atender aos padrões exigidos para o evento. O aeroporto já está com um sobre preço de R$ 95 milhões, mas mesmo assim é mais barato que os gastos necessários para reformar o aeroporto de Teresina. Os dados são da Controladoria Geral da União (CGU), repassados pela Infraero. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado).
“Nós temos estudos de engenharia e de consultorias segundo os quais com R$ 400 milhões você constrói um aeroporto novo, melhor do que o que existe hoje [em Teresina], dando condições muito melhores para quem usa o aeroporto e tratando verdadeiramente com responsabilidade a questão”, sustentou o parlamentar, ao defender a construção de um novo aeroporto, afastado do centro da cidade. 

Para João Vicente Claudino o valor a ser empregado na reforma do aeroporto Petrônio Portella será paliativo. “Sendo paliativo essa reforma tem números altos”, alerta. O aeroporto de Teresina foi projetado para 550 a 600 mil passageiros ao ano. E pela projeção da Infraero esse fluxo só seria atingido em 2018, 2020. O fluxo, no entanto, já chegou hoje, ao patamar de 1,1 milhão por ano. 

“O aeroporto está totalmente estrangulado. É um aeroporto de centro de cidade. É um aeroporto escolhido ainda na década de 60, e não houve o pensamento ou o planejamento de, vislumbrando esse aumento do número de passageiros, se pensar em deslocar o aeroporto para outra aérea menos povoada. É uma área povoada central, densamente povoada, onde a aproximação de voos, a expansão do aeroporto é muito difícil, onde o risco aviário é muito grande. Nós já vivemos diariamente esse processo", argumentou. 

Senador diz que já criticou até Elmano Férrer JVC contou que assistiu esta semana a uma entrevista concedida por um secretário do governo Firmino Filho (PSDB) dizendo que o primeiro a assinar o decreto de desapropriação das famílias foi o então prefeito Elmano Férrer, que é do PTB, partido do senador. Mas mesmo assim, segundo ele, à época, proferiu duras críticas a esse ato do correligionário. 

“Quando ele [Elmando Férrer] assinou um decreto de desapropriação declarando áreas residenciais – em torno de 1,2 mil famílias – como áreas residenciais propícias à desaproriação, eu subi a esta mesma tribuna do Senado – prefeito do meu partido – e me posicionei contra a atitude do prefeito. [Essa] não é uma atitude por eu ser oposição ao atual prefeito de Teresina, mas por não ver consistência nesse plano de reforma, ampliação e expansão do aeroporto nos moldes em eu é colocado”, pontuou.


fonte portal az