quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Flanelinha morre afogado e corpo é resgatado depois de 30 horas


Flanelinha morre afogado e corpo é resgatado depois de 30 horas

Valdir Sousa se afogou ao meio dia de terça-feira (16) e foi encontrado às 22 horas da quarta-feira (17).

Fotos: Proparnaíba
O flanelinha Valdir Sousa Costa, de 33 anos, morreu afogado no Rio Parnaíba, nas proximidades do Porto das Barcas, no município de Parnaíba. Segundo familiares da vítima, o Corpo de Bombeiros se recusou a fazer a busca do homem, que demorou 34 horas para ser encontrado. Os próprios familiares fizeram a busca e encontraram o corpo. O homem se afogou ao meio dia da última terça-feira (16), e foi encontrado às 22 horas do dia seguinte.
Segundo o agente da Polícia Civil de Parnaíba, Robinson Castilho, o homem morreu ao tentar buscar o boné de uma criança. “Naquele momento, havia muitas crianças no local e o boné de uma delas caiu no rio. Valdir foi buscar com a condição de que receberia R$ 2. Ele sabia nadar, mas deve ter caído em algum buraco ou sofreu cãibras e se afogou”, conta.
O homem morava na localidade Fazendinha, bairro Ilha Grande de Santa Izabel, naquela mesma cidade, com os pais e dois irmãos. Assim que souberam do acidente, os familiares de Valdir foram pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros de Parnaíba. “Ligamos para o Corpo de Bombeiros e explicamos o que tinha acontecido. Eles disseram que só podiam começar a busca 24 horas depois do afogamento. Ficamos desesperados porque é tempo demais para esperar”, denuncia a irmã da vítima, Francinete Costa.
De acordo com Francinete, os familiares se juntaram com os vizinhos e conseguiram duas canoas para fazerem a busca. “Começamos a procura às 16 horas da quarta-feira (17), porque foi quando conseguimos as canoas, e encontramos ele às 22 horas”, conta.
O Corpo de Bombeiros de Parnaíba foi procurado. De acordo com o Soldado Micael, a equipe está sem mergulhador. “Nosso único mergulhador foi para Brasília, então nossa linha de trabalho é começar as buscas por uma vítima de afogamento 24 horas depois porque é quando o corpo submerge”, explica. O soldado ainda diz que o Corpo de Bombeiros não faz buscas no período da noite, por isso não ajudou os familiares com a procura.
A família ainda espera a liberação do corpo de Valdir, que está no IML desde a hora que foi encontrado. “O médico legista está aqui esperando apenas a ordem de um delegado para poder assinar a liberação do corpo, mas nenhum delegado aparece. Já fomos em todas as delegacias da cidade e não encontramos ninguém. Passamos a noite toda aqui no IML esperando essa liberação porque queremos fazer o velório do meu irmão. Ele merece essa última homenagem", finaliza Francinete Costa.

fonte portal o dia