População pede rigor em fiscalizações de trânsito no Dirceu Arcoverde
Moradores e comerciantes da região cobram ainda a pintura de faixas de pedestres e melhor sinalização ao longo da Avenida das Hortas
As normas de trânsito parecem não serem seguidas pelos condutores que trafegam na Avenida Noé Mendes, conhecida como Avenida das Hortas, região do Grande Dirceu, zona Sudeste de Teresina. Por lá, motociclistas pilotam sem capacete com frequência. Mas não é apenas a população que colabora para um trânsito violento. Falta ainda a ação do poder público com a instalação de faixas de pedestres ao longo de toda a via.
A comerciante Solange Maria acredita que, depois que foram instalados alguns semáforos na via, os acidentes reduziram de forma significativa. “Está mais calmo, mas quando chegam os finais de semana é bem pior. Não temos faixas de pedestres por aqui e os idosos e crianças têm dificuldade para atravessar, pois os motoristas não respeitam”, frisa.
No momento em que a equipe de reportagem esteve no local, vários foram os flagrantes de motoqueiros e seus passageiros, que se arriscavam trafegando na via sem o uso do capacete e fazendo ultrapassagens perigosas. “Aqui é sempre desse jeito. É comum ver de três a quatro pessoas numa moto, sem capacete e ainda levando crianças entre os adultos. Sem falar na ultrapassagem, que as motos passam entre os ônibus e carros sem o menor respeito”, conta Natália Medeiros, moradora do Loteamento Manoel Evangelista, que fica na região.
Foto: Marcela Pachêco/O Dia
Motoqueiros sem capacete e em manobras arriscadas são alguns dos descumprimentos à lei de trânsito
Não apenas os desrespeitos às normas de trânsito, praticados pelos condutores, são percebidos na Avenida Hortas. Ainda na opinião dos moradores e comerciantes da região, o poder público tem sido ausente no local por não colocar sinalização adequada para impedir que mais infrações sejam cometidas.
“Falta sim uma faixa pedestre aqui na avenida. Os redutores de velocidade também não são respeitados. Tem gente que não tem placa, passa em alta velocidade e outros que têm colocam a mão para serem identificados pelo sensor”, revela Natália. Marcelo Alves, que trabalha num estabelecimento comercial localizado na avenida, a situação permanece a mesma há anos. “Está como antigamente: nem melhor e nem pior, do mesmo jeito”, acredita o comerciário.
Ouvida, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) informa que estas práticas relatadas são frutos da ausência de educação dos condutores que cometem infrações da mesma natureza.
O órgão fiscalizador de trânsito de Teresina afirma ainda que constantemente equipes de fiscais realizam o trabalho de vistoria na avenida, mas que, no momento em que as equipes se retiram, o desrespeito volta a acontecer.
No que se refere à instalação de sinalização vertical e horizontal, bem como a pintura de faixas de pedestres, a Strans confirma que segue um cronograma já previsto, que deve beneficiar aquela região. Porém, até o fechamento desta edição, o órgão não informou pontualmente a data que as intervenções no trânsito devem ser realizadas na Avenida Noé Mendes.