Zé Filho reúne secretários
e autoriza resposta a acusações
Zé Filho mandou romper o contrato com o Banco do Brasil por causa do não repasse de R$ 369 milhões
O governador Antonio José de Moraes Souza Filho, o Zé Filho (PMDB), reuniu ontem seu secretariado para anunciar medidas que serão tomadas no último mês de sua gestão e, ainda, autorizar os gestores a responder qualquer questionamentos da oposição.
Zé Filho pediu aos secretários em reunião na Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi) que ocupem espaços na imprensa para responder qualquer acusação feita ao governo, de forma respeitosa, deixando claro que o governo não está parado e que as dificuldades são resultantes de modelos de gestão antigos.
Entre as medidas anunciadas, o rompimento de um contrato com o Banco do Brasil por conta da não liberação de R$ 369 milhões referente à operação de crédito Pró-Desenvolvimento II, firmada em janeiro do ano passado. Obras estão paradas, segundo o governo, em virtude do recurso não ter chegado ao estado.
O dinheiro deveria ter sido usado em obras de mobilidade urbana e infraestrutura. Só de encargos já teriam sido gastos R$ 15 milhões.
O governador, que já marcou duas vezes um pronunciamento à imprensa, deve se encontrar com os jornalistas na próxima terça-feira (2), pela manhã, logo após uma nova reunião com sua equipe. Está previsto um balanço de sua administração, que teve início em abril, e um demonstrativo do que deixará para seu sucessor, o senador Wellington Dias (PT), eleito em primeiro turno no dia 5 de outubro. Após o encerramento do pleito eleitoral, o governador tem evitado aparição pública.
Zé Filho ainda não se manifestou sobre o processo de transição do governo e as medidas que adotou para conter gastos com pessoal de forma que o Piauí retorne aos limites normais da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no caso, 49%. Atualmente, o índice é de 50,04%.