quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Enfermeiro agride até a morte homem suspeito de tentar estuprar sua filha


Enfermeiro agride até a morte homem suspeito de tentar estuprar sua filha

Flamarion Barbosa ainda tentou reanimar a vitima, Franklin Evangelista, ao perceber que ele estava morto.

Por volta das 17 horas desta quarta-feira (10), a Polícia Militar deu voz de prisão ao enfermeiro Flamarion Barbosa, residente no bairro Pirajá, após a informação de que ele teria agredido até a morte o jovem Franklin Evangelista Oliveira, 28 anos, sob suspeita de que o mesmo estaria aliciando sua filha levando-a para um matagal na intenção de estuprá-la.
Populares registraram o momento em que, após perceber que Franklin estava morto, Flamarion tenta reanima-lo com massagem cardíaca. De acordo com a comandante de policiamento da capital, coronel Alberto Menezes, Flamarion agiu no calor do momento ao fazer justiça com as próprias mãos.
“Ele agiu precipitadamente. Os moradores próximos relataram que o agressor estava lavando o carro quando foi informado por vizinhos que o Franklin levaria sua filha para um matagal na tentativa de violentá-la. Ele, então, foi atrás, interceptou uma ação que não tinha nem certeza que estava ocorrendo, e acabou tirando a vida do rapaz”, explica o coronel.

Flamarion ainda tentou ressuscitar Franklin com massagem cardíaca depois que percebeu que ele havia morrido
Populares relataram à polícia que Flamarion agrediu Franklin com socos, pontapés e teria usado ainda um cabo de borracha na ação. “Nós não sabemos ainda o que de fato se passou no local, se houve a participação de mais pessoas nas agressões ou se foi apenas o Flamarion o responsável. O certo é que havia mais gente por lá que, por questão de humanidade, deveria ter interferido já que perceberam um possível descontrole por parte do agressor. Isso é justiça com as próprias mãos e se caracteriza como crime”, diz o coronel.
Flamarion foi detido pela PM e conduzido para a Central de Flagrantes onde permanece detido e deve responder pelo crime de homicídio. Sua filha, uma adolescente de 15 anos, será ouvida pela polícia da mesma que forma que sua família e a família de Franklin.
“Todos os depoimentos serão tomados, mas isso fica a cargo da nossa Polícia Judiciária que preside a investigação. O que deve ser levado em conta é se o Flamarion tinha antecedentes de agressividade, se o Franklin já teria se envolvido em outros casos parecidos de tentativa de estupro, ou se o que ocorreu foi uma fatalidade, um erro brutal que culminou no fim da vida de uma pessoa inocente”, afirma o coronel Alberto.
Contradição
Quando os policiais que atenderam à ocorrência conversaram com vizinhos dos envolvidos, ouviram duas versões diferentes sobre o ocorrido. A família de Franklin diz que ele era um rapaz temente a Deus, conhecido na região por sua generosidade e bom caráter e acusa Flamarion de ter tirado a vida de um inocente.
Já alguns conhecidos de Flamarion dizem que ele nunca apresentou comportamento agressivo, que teria uma justificatia para agir daquela forma e que outras pessoas também teriam participado da agressão, o que configura a morte de Franklin como um caso de espancamento coletivo.

fonte portal o dia