segunda-feira, 30 de março de 2015

Em audiência pública, segmento LGBT critica omissão da Assembleia


Em audiência pública, segmento LGBT critica omissão da Assembleia

Durante a audiência, o deputado Fábio Novo (PT) cobrou a reabertura da Coordenação de Direitos Humanos do Estado

A Assembleia Legislativa do Estado realizou na tarde desta segunda-feira (30/03) uma audiência pública para discutir a violência contra o segmento LGBT no Piauí. Durante o evento proposto pelo deputado Fábio Novo (PT), a integrante do grupo Matizes, Marinalva Santana, criticou a falta de “compromisso” da Assembleia com a causa.
Foto: Lídia Brito/O Olho
Segundo ela, nos últimos anos nunca foram aprovados tantos projetos em defesa do público LGBT, mas isso não seria o bastante. “Só aprovar lei não é o suficiente para acabar com o preconceito e a violência. A Assembleia aprova as leis, mas não participa da luta. Em uma audiência como essa, dos 30 deputados apenas dois estão representes. Precisamos de mais”, cobrou. Além de Fábio Novo, o deputado Georgiano Neto (PSD) também participou e presidiu a sessão.
Durante a audiência, o deputado Fábio Novo (PT) cobrou a reabertura da Coordenação de Direitos Humanos do Estado. “Vamos defender a retomada desse órgão específico para tratar das questões de Direitos Humanos. Ele já existia no primeiro governo de Wellington Dias e foi extinto pelo ex-governador Wilson Martins (PSB)”, destacou.
De acordo com relatório da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Piauí é o quarto Estado em crimes contra os homossexuais. Marinalva Santana afirma que só em 2014 foram registrados 13 assassinatos e apenas quatro deles foram elucidados com a prisão dos culpados.
Foto: Lídia Brito/O Olho
IMPUNIDADE
Marinalva Santana do Grupo matizes afirma que a sensação de impunidade ainda é o principal alimento dos crimes contra homossexuais no Piauí. Segundo ela, as autoridades se comportam como cúmplice deste tipo de crime no Estado quando não punem os agressores.
“Essas pessoas cometem os crimes com a certeza que dificilmente serão condenadas por eles. A sensação de impunidade impera e as autoridades fazem pouco esforço para elucidar esses crimes. As autoridades trabalham como se fossem cúmplices destes crimes”, declarou. 

fonte portal o dia