segunda-feira, 30 de março de 2015

Acusados de aplicar golpe de R$ 1,2 milhão em idosos são soltos


Acusados de aplicar golpe de R$ 1,2 milhão em idosos são soltos

Operação prendeu seis pessoas, entre elas três advogados.

Advogados e mais três presos na Operação Serendipta são liberados

Os seis suspeitos de envolvimento no esquema dos empréstimos consignados, que aplicou golpes avaliados em R$ 1,2 milhão contra idosos, já estão soltos. Eles foram presos na Operação Serendipta, deflagrada na última quinta-feira (26), no sul do Piauí.
As três mulheres, Naubia Silvia Ferreira, Nizete Souza e Iracema da Silva Viana dos Santos, foram liberadas ainda no final de semana após prestarem esclarecimentos. Elas estavam entre as pessoas detidas por suspeitas de serem "coiotes" no esquema. Já nesta segunda-feira (30), os advogados André Rocha de Souza, Gustavo Alfredo do Val Nogueira, e Henrique Marcel Mascarenhas Paranaguá foram liberados após prestarem depoimento no Ministério Público Estadual.

Promotor Rômulo Cordão pediu a prisão temporária somente para investigações
Segundo o promotor Rômulo Cordão, autor da denúncia, os seis cumpriram a prisão temporária, que é de cinco dias. "Já fizemos as buscas e recolhemos as provas necessárias. A regra é que as pessoas respondam em liberdade e, nesse caso, não havia necessidade de manter a prisão. Mesmo assim, eles serão denunciados", explicou o promotor.
Somente um dos investigados tem mandado de prisão preventiva, mas está foragido. Márcio Gladson Cunha é considerado pelo promotor como o chefe do esquema. "Nesse caso, a prisão não é temporária e ele pode ficar por muito tempo preso", disse Rômulo Cordão.
A quadrilha agia de diversas formas, uma delas era por meio de 'coiotes', que iam para o interior em busca de vítimas, de preferência idosos aposentados e analfabetos. Essas pessoas eram induzidas a realizar empréstimo por meio desses criminosos.
A ação dos advogados se dava por conta de promessas sobre o cancelamento dos empréstimos feitos. " Após o golpe do empréstimo, um advogado dizia que iria cancelar a ação por conta do aumento de juros e porque era uma determinação federal", conta o promotor. Diante disso, os advogados recolhiam os documentos dos aposentados e se dirigiam até as instituições consignadas para o cancelamento, mas a ação efetivada era de mais um empréstimo no nome da vítima.
Os golpistas agiam há cerca de cinco anos na região sul do estado e chegavam à maioria dos municípios como em Parnaguá, Curimatá, Riacho Firo, Monte Alegre e Gilbués, chegando até Redenção do Gurgueia.  

fonte portal o dia