Paralisação ameaça matrícula de veteranos e 2ª chamada do Sisu na UESPI
A paralisação acontece nos onze campi da universidade espalhados pelo Piauí, em cidades como Parnaíba, Campo Maior e Floriano, e participam 364 servidores técnicos.
Os trabalhadores técnicos efetivos da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) paralisaram suas atividades na manhã desta sexta-feira (12). Quase cinquenta servidores protestam em frente ao Palácio Pirajá, sede da reitoria do campus Poeta Torquato Neto, na zona Norte de Teresina. A paralisação acontece nos onze campi da universidade espalhados pelo Piauí, em cidades como Parnaíba, Campo Maior e Floriano. Participam do movimento, 364 servidores técnicos.
Servidores se reúnem em frente a reitoria do campus Poeta Torquato Neto
A presidente do Sintuespi, Leda Simone, disse que a categoria foi unânime na decisão pela paralisação, em assembléia realizada ontem (11). Ela explica que o sindicato espera o resultado da negociação entre o reitor Nouga Cardoso Batista com o secretário estadual de administração Franzé Silva. Se a proposta a ser apresentada pelo governo não for aceita, os técnicos da UESPI devem entrar em greve a partir de segunda-feira (15), por tempo indeterminado.
Se deflagrada, a greve irá prejudicar a matrícula dos alunos veteranos dos campi por todo o Piauí, e também dos ingressos da segunda fase do Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
Os trabalhadores reivindicam o pagamento de 5% do reajuste salarial referente à dezembro. Segundo a presidente do sindicato, o governo havia combinado o aumento de 10% para o período, mas só pagou a metade. "Já recebemos uma miséria, e estávamos contando com esse dinheiro no natal. Mas ficamos sem reajuste e sem progressões", disse Leda Simone.
Os trabalhadores técnicos da UESPI também pedem melhores condições de trabalho e o pagamento do adicional de insalubridade. "Nossa insalubridade foi calculada com base em abril de 2014. De lá para cá, com a inflação, está muito defasado. E nós temos técnicos dos laboratórios, que usam produtos químicos, na Facime (Faculdade de Ciências Médicas) temos pessoas que trabalham com formol, no setor agrário temos servidores que manipulam produtos tóxicos...", comentou Leda Simone. "Não estamos pedindo nada além do natural, já está na lei".
Em nota, a administração da UESPI afirma que a negociação com o secretário de administração, esperada pelo Sintuespi para acontecer ainda hoje, está marcada para segunda-feira.
Veja abaixo a íntegra da nota:
A administração superior da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, em face dos últimos acontecimentos envolvendo os técnicos-administrativos da instituição, se reunirá nesta segunda (15) com o secretário de administração do Governo do Estado, Franzé Silva. As reivindicações dos profissionais, tais como a efetivação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, as condições de trabalho e o reajuste referente a dezembro serão discutidas de modo a sanar todas elas.
A administração superior enfatiza que está empenhada na realização desse diálogo, por reconhecer o valor do trabalho de todos os técnicos e ver neste trabalho um importante componente de todas as conquistas da universidade.
A administração superior enfatiza que está empenhada na realização desse diálogo, por reconhecer o valor do trabalho de todos os técnicos e ver neste trabalho um importante componente de todas as conquistas da universidade.