quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Wellington diz em nota que votações contraditórias confirmam tese de golpe


Wellington diz em nota que votações contraditórias confirmam tese de golpe

Governador afirma que os 54,5 milhões de votos recebidos por Dilma foram anulados pela vontade de apenas 61 senadores.

O governador Wellington Dias (PT) divulgou uma nota por volta das 16 horas desta quarta-feira (31) comentando o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Para o chefe do Executivo piauiense, a tese de que a petista foi alvo de um golpe parlamentar foi confirmada hoje, quando a maioria dos senadores votaram pela sua destituição e, logo em seguida, decidiram manter seus direitos políticos,  também por maioria de votos.
Na nota, Wellington reitera o que a própria ex-presidente disse em seu primeiro discurso após a confirmação do impeachment: que os mais de 54 milhões de votos recebidos por ela foram anulados pela vontade de apenas 61 senadores.
Embora o presidente Michel Temer (PMDB) tenha sido eleito na mesma chapa da presidente Dilma Rousseff, como seu vice, Wellington afirma que o projeto de governo escolhido pelo povo nas últimas eleições está sendo jogado no lixo e substituído pelo projeto derrotado.
Wellington foi a Brasília para compromissos políticos e também para acompanhar a votação do impeachment.
Confira a íntegra da nota divulgada pela assessoria do governador Wellington Dias:
A votação do processo de impeachment hoje, ao decidir que a presidenta Dilma não perde os direitos políticos e atividades públicas, mostra o que ouvi de muitos neste processo que votaram pela cassação do mandato dela: 'A presidenta Dilma não cometeu crime de responsabilidade'. Então, a Constituição não foi cumprida. Que nome podemos dar a isso? A tese do golpe venceu. Na prática, 54.501.118 votos para Dilma foram anulados por 61 Senadores sem que ela cometesse nenhum crime. O projeto de governo que o povo escolheu em 2014 foi para lata do lixo e o que perdeu toma posse. 

A história vai revelar quem perde com este golpe à democracia.
Wellington Dias
fonte portal o dia