quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Exclusivo: perícia atesta gastos 'ilegais' de Firmino Filho

Exclusivo: perícia atesta gastos 'ilegais' de Firmino Filho

Membro da empresa que realizou perícia em 'gastança' faz trabalho para a Justiça Federal

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- Firmino Filho é acusado de gastar além do permitido no ano eleitoral com publicidade institucional
- A juíza titular do caso é Zilneia Gomes Barbosa da Rocha. Oriunda da Vara da Família, ela tem em mãos um intrigante caso eleitoral
- O que parece preocupar os cabeças do Palácio da Cidade é que os documentos que chegaram até aos advogados de Dr. Pessoa foram vazados da contabilidade da prefeitura
- Perícia contábil ainda será apresentada aos autos que tramitam em primeira instância na Justiça Eleitoral
- Quem seria o senhor Valdemar, secretário de Fazenda Jalisson Hidd?
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A empresa de auditoria AUDIPER constatou que os gastos apontados como ilegais realizados pela Prefeitura de Teresina no primeiro semestre de 2016, ano eleitoral, foram todos com publicidade institucional, o que faz acender uma luz amarela na reeleição de Firmino Filho. A defesa do prefeito de Teresina, entretanto, quer dar outra conotação aos gastos, destoando sua verdadeira destinação.
A perícia contábil foi feita nos balancetes que constam da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) impetrada pelos advogados Talmy Tercio Ribeiro da Silva Júnior e Rodrigo Castelo Branco Carvalho de Sousa, que atuam em nome da antiga coligação encabeçada por Dr. Pessoa, contra a então coligação do prefeito reeleito.
Na ação é sustentado que no primeiro semestre de 2016, Firmino Filho teria gasto além do permitido a quantia de R$ 1,7 milhão. Pela legislação eleitoral em vigor, a prefeitura não poderia gastar mais do que a média dos gastos realizados com essa rubrica nos três últimos anos que antecedem a eleição, conforme noticiou matéria do 180 veiculada nesta terça-feira (7) [VEJA:Eleições: Firmino teria torrado R$ 1,7 mi em conduta suspeita].
A média de liquidação com publicidade institucional nos anos de 2013, 2014 e 2015 foi da ordem de R$ 2.939.641,53. Mas “no primeiro semestre do ano de 2016, verificou-se a liquidação de R$ 4.659.557,52. Sendo assim, o gasto com publicidade institucional no primeiro semestre de 2016 foi superior ao valor limite em R$ 1.719.915,99”, sustenta a AIJE.
AMPLA E IRRESTRITA
A perícia, que ainda será apresentada aos autos que compõem a ação de investigação, foi encomendada pelos advogados de Dr. Pessoa.
A checagem foi ampla e irrestrita, e realizada tanto nos balancetes remetidos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por determinação do juízo responsável, como naqueles balancetes vazados do próprio Palácio da Cidade, ainda quando do período eleitoral, e que acabaram por embasar a propositura da ação.
Um dos auditores que integram a empresa AUDIPER, responsável pela auditoria, realiza trabalhos para a Justiça Federal e integra como membro uma associação nacional de auditores contábeis.
_O homem do dinheiro, secretário de Fazenda Jalisson Hidd.Por que teria existido pagamentos para inúmeras empresas durantes os meses de campanha... e para muitas que nem vinham recebendo? E quem seria o senhor Valdemar, secretário?
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O advogado de Firmino Filho na época da campanha eleitoral era Charles Max. No pós-campanha a defesa diante da AIJE estaria sob a responsabilidade de Carlos Yuri.
Esse processo tem como juíza Zilneia Gomes Barbosa da Rocha. Oriunda da Vara da Família, ela tem um bom caso em mãos.
Tem prometido que aplicará o que dita a lei, diante das provas que constam dos autos.

fonte http://180graus.com