sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Amiga de Camilla diz no Tribunal do Júri que capitão tinha ciúme doentio

Amiga de Camilla diz no Tribunal do Júri que capitão tinha ciúme doentio


A audiência de instrução e julgamento sobre o assassinato da estudante Camilla Pereira Abreu, 21 anos, iniciou em meio a divergência e tensão.   
A juíza Maria Zilnar Coutinho rejeitou o pedido de adiamento da audiência de instrução e julgamento do capitão Allison Wattson da Silva Nascimento. O advogado do réu, Pitágoras Veloso, alega que foi contratado pela família há dois dias e que não há nenhuma testemunha de defesa do réu. 
"Fui contratado pela família no último dia e 21 e assumi o caso ontem. Tive menos de 15 horas para estudar o processo que é complexo e volumoso. Uma defesa técnica e eficiente, nestas circunstâncias, possivelmente, será deficiente", alegou a defesa do réu. 
O promotor Benigno Filho e a assistência de acusação também foram contra o pedido de adiamento. 
"Não sou favorável ao pedido. A audiência de hoje preenche todos os requisitos. Adiar a audiência seria adiar o sofrimento da família", disse o representante do Ministério Público. 
Uma amiga de Camilla é a primeira a ser ouvida como informante. Ela é interrogada sem a presença do réu por se sentir constrangida. 
"Camilla me relatava que ele tinha um ciúme doentio. Após o desaparecimento dela, ele me ligou várias vezes e sempre muito frio... depois me bloqueou no celular. Notei uma frieza muito grande. Em nenhum momento, ele se juntou à família dela. Eu imaginava que ele sabia de algo e fiquei com medo que ele pudesse fazer algo comigo porque eu estava desconfiada", declarou a informante. 
Durante interrogatório, a amiga declarou também que Camilla relatava constantes agressões e que, inclusive, pediu o acusado para matá-la. 
"Ela relatava agressões, puxões de cabelo e socos. Ela tinha um braço machucado e que nunca sarava. Camilla disse que um dia ele apontou a arma para a cabeça dela dentro do banheiro. Ela pediu para que ele a matasse pois não aguentava mais...vivia coagida. Ela mandava fotos chorando...nunca presenciei agressão física, mas moral. Nunca denunciou por medo", declarou a amiga.
A audiência é marcada por um 'clima de tensão' entre defesa e acusado. Por algumas vezes, a juíza teve que intervir. 
O réu aparenta tranquilidade e não autorizou a veiculação de imagens.
Aguarde mais informações

fonte cidadeverde.com