Professores do Estado deliberam sobre greve geral no Piauí
A categoria se reúne na manhã de hoje em assembleia para votar a proposta de reajuste encaminhada pelo Governo do Estado. Oito regionais já aprovaram a greve.
Os trabalhadores da Educação Estadual estão reunidos em assembleia na manhã de hoje (19) para deliberar a respeito da deflagração de greve geral por tempo indeterminado. A categoria vem reivindicado reajuste de 6,81% para todos os servidores, incluindo os aposentados, além de reajuste de 3,14% para os funcionários de escolas, referente a 2017, pagamento reajustado das gratificações e revisão do plano de carreira.
Na semana passada, o Governo do Estado já havia apresentado uma contraproposta oferecendo reajuste de 3,4% para os professores ativos em fevereiro retroativo a janeiro, para ser pago em forma de auxílio alimentação. A outra parcela do reajuste para professores será de 3,41% na folha de maio, constando no vencimento.
Ainda segundo a proposta do Governo, os aposentados receberão reajuste somente em maio, quando for incorporado os 3,4% no vencimento. A segunda parcela de 3,41% deverá ser paga no próximo quadrimestre, por volta de outubro, até o final de 2018.
Foto: Moura Alves/O Dia
Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte), a proposta do governo de pagar o reajuste em forma de auxílio alimentação não contempla os aposentados e a categoria não concorda com esta cláusula. A entidade também se manifestou contra o parcelamento do reajuste, afirmando que este foi um acordo feito no ano passado e que não foi cumprido pelo governo.
A assembleia reúne núcleos regionais do Sinte, que já aprovaram a rejeição da proposta apresentada. Votaram pela deflagração da greve as regionais de São Raimundo Nonato, Água Branca, José de Freitas – que decidiu não iniciar o período letivo – Oeiras, Campo Maior, São João do Piauí, Picos e Piripiri.
Caso a categoria decida pela greve por tempo indeterminado na assembleia de hoje, os professores terão 72 horas para avisar à comunidade do movimento e iniciar a paralisação total dos serviços. No entanto, se não for aprovada a greve, os trabalhadores da educação pretendem seguir um calendário de mobilizações que prevê paralisações regularmente até que se chegue a um acordo com o governo.