quinta-feira, 27 de junho de 2019

Ex-motorista de UBER faz relato e afirma ser vítima de "fake news"

Ex-motorista de UBER faz relato e afirma ser vítima de "fake news"

Ex-Uber já denunciou o caso para a polícia e espera que o autor da postagem seja responsabilizado



Manoel José Feitosa, que trabalhava como Uber em Teresina foi surpreendido há dois dias com postagem compartilhada nas redes sociais afirmando que ele teria cometido abuso contra uma passageira. A postagem diz que ela teria sido trancada dentro do carro, mas que conseguiu sair e denunciar o caso e que o Uber estaria sendo procurado.
Procurado pelo 180, Manoel, que está desempregado, disse que ao tomar conhecimento da postagem, que segundo ele é falsa, procurou o 13º Distrito Policial para registrar o Boletim de Ocorrência contra calúnia e difamação.
Manoel informou que está recolhendo provas que serão entregues à polícia e quer saber de onde partiu essa publicação, pois segundo ele, em nenhuma delegacia há registro de denúncia contra sua pessoa.
O caso que teria motivado a publicação foi relatado por Manoel José. Ele informou que no dia 28 de março fez uma corrida com três passageiras, e na rota seriam feita duas paradas. "Eu peguei as três no Centro, na rua Olavo Bilac e a primeira parada foi no bairro Pirajá, onde duas passageiras desceram, a outra rota seria para o Mocambinho. O GPS informou um percurso diferente, mas segui o que foi mostrado pelo aplicativo", disse.
Manoel disse que ao chegar na ponte do bairro Poti Velho para ter acesso em seguida à ponte do Mocambinho, a passageira começou a achar estranha a rota.
"Após passar da ponte, quando só tinha mato de um lado e casebres do outro, a moça me perguntou pra onde eu a estava levando e disse que estava seguindo a rota do GPS para sua residência, mesmo assim ela abriu a porta do carro e queria pular, foi quando eu parei o veículo e ela desceu pedindo socorro e batendo na porta de uma residência", relatou.
Com receio do que poderia acontecer com ele, Manoel deixou o local no carro. "Se eu ficasse ali e fosse me explicar para alguém, certamente eu seria linchado". Do local onde deixou a moça, ele disse que foi para o 13º Distrito Policial para registrar a ocorrência e evitar qualquer tipo de problema. Ele ainda reportou o problema para a Uber.
"Eu fiquei mesmo foi preocupado com a moça, pois ela desceu do carro e já estava tarde, era por volta de 21h e o local era perigoso. Também pensei que poderia ser algum tipo de armação para tentar me assaltar e levar o carro", disse.
Pai de família, Manoel disse que passou 13 dias como Uber, e que após esse episódio, não pensa em voltar a trabalhar na plataforma de transporte por aplicativo devido o risco que está sujeito.
Manoel disse que chegou a procurar a Delegacia de Crimes Virtuais, mas foi orientado a ir no 13º Distrito Policial para fazer a queixa por calúnia. Ele não atribui a postagem à moça que atendeu, mas espera que a polícia possa chegar à pessoa que fez a publicação, colocando sua vida e a de seus familiares em perigo.

fonte 180graus.com