sexta-feira, 5 de julho de 2019

SEJUS defende regime aberto e uso de tornozeleira aos presos da Major César

SEJUS defende regime aberto e uso de tornozeleira aos presos da Major César

Alternativa é "mais barata" para o estado. Na unidade, preso custa R$ 3 mil por dia. Monitoramento custa R$ 500 por dia


O secretário de Justiça do Piauí, Carlos Edilson, defendeu que os presos da Colônia Agrícola Major César passem para o regime aberto e sejam monitorados por meio de tornozeleira eletrônica. A unidade abriga internos no regime semi-aberto, que têm liberdade para sair durante o dia para trabalhar.
Uma alternativa até mais barata para o poder público, considerando que o monitoramento custa em média 500 reais por dia. Quanto estão internos, um preso custa, por dia, até 3 mil reais. 
Nesta semana, a Major César foi cenário de uma rebelião dos detentos, que terminou com um agente ferido. O novo regramento implementado na unidade, que proíbe acesso aos aparelhos de rádio e TV, que alguns presos tinham, e a exigência de uso de fardamento, deixaram internos descontentes. 
Na rebelião, 57 presos fugiram, sendo que 18 permanecem foragidos.
O Piauí tem hoje cerca de 600 presos no regime semi-aberto. Para a Ordem dos Advogados do Brasil, o uso de tornozeleiras permite maior controle destas pessoas. "No momento em que o preso sai [do presídio], o estado não tem mais controle. Ele vai trabalhar, mas no percurso pode ir para outro lugar. Com o preso monitorado, o estado tem controle 24 horas", disse o advogado Lúcio Tadeu, presidente da Comissão de Direito Penitenciário da OAB/PI à TV Cidade Verde.
A iniciativa é também compartilhada pela Defensoria Pública do Estado, que entrou com habeas corpus coletivo para progressão destes presos do regime semi-aberto para o regime aberto.

fonte 180graus.com