Ao portal, delegado conta que o bebê já nasceu sem vida e foi enterrado no mesmo dia
A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) realizou a exumação em um caixão na cidade de Ribeiro Gonçalves, no interior do Piauí, e constatou que o bebê que deveria ter sido enterrado não estava no local. A criança nasceu já morta na sexta-feira (17), mesma data do enterro. O caso foi descoberto nesta segunda-feira (20), pela família. (Veja a nota do hospital ao final desta reportagem).
O delegado Marcos Halan contou ao portal que a mãe da criança é da cidade de Ribeiro Gonçalves, mas que realizou o parto na sexta-feira (17), no Hospital Tibério Nunes, em Floriano. O bebê já nasceu sem vida e foi enterrado no mesmo dia. Dias depois, na segunda-feira (20), a família recebeu a ligação de uma assistente social da unidade de saúde afirmando que o corpo do bebê ainda estava no local e que o hospital estava aguardando retirada da família.
“A criança nasceu morta na madrugada da sexta-feira. A mãe continuou internada e a prefeitura arranjou o caixão. Na sexta-feira mesmo eles fizeram o enterro, mas na segunda-feira a noite a assistente social do hospital entrou em contato com os familiares informando que a criança ainda estava lá e que estavam aguardando a retirada. Na terça-feira fizemos a exumação e descobrimos que a criança não estava ali”, disse o delegado ao portal.
O caixão foi exumado na terça-feira (21) e foi constatado que a criança não havia sido enterrada. A família realizou um segundo enterro nesta quarta-feira (23). “Houve uma confusão mesmo, imaginaram que já tinha colocado o bebê dentro do caixão e não colocaram. Ainda não temos um posicionamento oficial do hospital”, relatou o delegado.
O delegado ainda contou que o caso não é criminal e que por isso a Polícia Civil não continuará com as investigações. “A investigação não vai continuar, vi com alguns colegas se havia crime para instaurar, mas a princípio não há crime. É em âmbito administrativo, danos morais e materiais. Falei com a família para buscar ressarcimento no judiciário, entrar com uma ação contra o hospital”, finalizou.
Outro lado
Em nota encaminhada ao portal, o Hospital Regional Tibério Nunes esclareceu que o serviço de transferência de corpos para as urnas funerárias é de responsabilidade das funerárias e prestadores de serviço contratados pela família.
"Esta unidade de saúde esclarece ainda que, assim que detectou a falha no serviço que fora enviado pela prefeitura de Ribeiro Gonçalves, para execução da transferência do natimorto para urna, bem como o transporte do mesmo para execução do funeral, contactou a família e providenciou todo suporte para que a mesma pudesse receber o corpo de forma adequada e realizar o funeral", disse.
Fonte: Portal A10+