Cai taxa de mortes violentas no Piauí, mas avança estupro contra mulher
Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que o Piauí reduziu os índices de mortes violentas, no entanto crimes contra mulher avançam no estado.
Pelo levantamento, o Piauí registrou 20,2 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2017. O dado é 1,7% menor que no ano anterior. No entanto, os homicídios de mulheres aumentaram em 12,3% a cada 100 mil habitantes.
As estatísticas são do 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (9), em parceria com associação de pesquisadores da área que compila estatísticas de secretarias de segurança e polícias Civil e Militar de todos os estados.
O Piauí registrou uma redução de 7,6% de mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2016 foram 703 e no ano seguinte 651. Com esse resultado, o estado é o terceiro do Nordeste em redução dessa taxa, atrás de Sergipe (12,9%) e do Maranhão (12,8%).
Um destaque é o aumento para os homicídios de mulheres: foram 62 pessoas do sexo feminino assassinadas ano passado contra 55 em 2016. Mas, segundo os dados divulgados, o número de feminicídios reduziu de 31 em 2016 para 26 em 2017.
No Brasil, o número de mulheres vítimas de homicídios aumentou 6,1% em relação a 2016. No total, foram 4.539. Destas, 1.133 foram vítimas de feminicídio (em 2016 foram 929).
A taxa de estupros também cresceu no Estado: foram 653 em 2016 e 773 no ano seguinte, um aumento de 18,1% a cada 100 mil habitantes. No Brasil, foram 60.018 casos registrados ano passado, um crescimento de 8,4% em relação a 2016.
Teresina
Entre as capitais brasileiras, Teresina também apresentou redução das mortes violentas, em um índice de 14,2% a cada 100 mil habitantes. De 367 em 2016 para 316 em 2017.
No entanto, o número de latrocínios aumentou de 22 para 25, de um ano para o outro, ficando uma taxa de 13,3% a cada 100 mil habitantes. A capital piauiense está entre as nove capitais brasileiras que tiveram esse aumento. No Piauí, como um todo, houve redução: de 49 em 2016 para 45 no ano seguinte.
O maior foi em Florianópolis (SC) proporcionalmente, que passou de três mortes em 2016 para oito em 2017. Já a maior redução ocorreu em Porto Alegre (RS) de 40 para 12 uma redução de 70,1% por 100 mil habitantes.
A média brasileira para latrocínios foi de redução em 16,5% por 100 mil habitantes.
No Brasil
Em todo o país morreram 63.680 mil pessoas no ano passado, maior índice da série histórica iniciada em 2013. A taxa de mortes violentas no Brasil chegou a 30,8 a cada 100 mil habitantes.
O critério de mortes violentas soma homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes de policiais em confrontos e mortes decorrentes de intervenções policiais. O conceito é considerado um indicador melhor para medir a violência no país em relação somente aos homicídios dolosos, por exemplo, comumente divulgados por estados.
Os estados mais violentos, segundo o 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, são Rio Grande do Norte, Acre e Ceará. Já as capitais, Rio Branco, Fortaleza e Belém.