Taxa de mortalidade infantil diminui 2,27% em um ano na Capital
Segundo a FMS, enquanto que, em 2012, 16,67% das crianças, de até um ano, morreram; em 2013, esse número caiu para 14,40%
Cuidar da saúde das crianças desde os primeiros minutos de vida evita problemas futuros e, sobretudo, a mortalidade infantil. É na primeira infância, que vai de 0 a 6 anos, que os pequenos crescem e desenvolvem a capacidade cognitiva. E para orientar e tirar dúvidas de várias mães em todos os bairros de Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS), em parceria com a Unicef, está realizando a Semana do Bebê e da Criança.
As atividades tiveram início ontem (13), na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Irmã Dulce, zona Sul de Teresina, e segue até o dia 20 de outubro em outros postos da capital. Segundo a coordenadora do Núcleo de Saúde da Criança e Aleitamento Materno da FMS, Maria Veloso, a Semana tem o objetivo de incentivar os cuidados com a saúde da criança, física e mental, além de garantir que o número de mortalidade e morbidade continue reduzindo.
De acordo com a coordenadora, a média anual dos óbitos infantis chega a 66% e ocorrem na primeira semana de vida dos bebês. “A maior parte dos nossos bebês morre com causas relacionadas à gravidez e à mãe; por isso, a importância de se fazer um pré-natal bem feito e também ter muito cuidado com as crianças, principalmente na primeira semana de vida”, disse, explicando que pequenos atos, como o engasgo com o leite materno ou o regurgitamento, podem tirar a vida do bebê.
Foto: Jailson Soares/O Dia
Mães estão participando da Semana do Bebê e da Criança, que acontece nas Unidades Básicas de Saúde de Teresina
Maria Veloso revela ainda que as taxas de mortalidades estão sendo reduzidas graças às ações realizadas. Enquanto que 16,67% das crianças, de até um ano, morreram em 2012; em 2013, esse número caiu para 14,40% - o que representa 2,27%. “A nossa meta é ir reduzindo e atingir apenas um dígito”, conta.
A cabelereira Rejane de Jesus de Aquino, de 39 anos, mãe da pequena Maria Jamily, de apenas quatro meses, sabe a importância de cuidar da saúde da filha e, com a Semana do Bebê e da Criança, ela acredita que mais mães terão acesso às informações, se preocupando ainda mais com o bem estar dos filhos. “As palestras são boas para as pessoas saberem mais, porque têm pessoas que não se preocupam tanto e, reunindo todo mundo, faz com que todos aprendam e fiquem mais alerta, inclusive para diminuir as doenças”, fala.
Rejane de Jesus conta que foi à Unidade de Saúde sem saber que, no local, estava sendo realizada a Semana e que se sentiu atraída pelos temas que foram discutidos. “No dia a dia, não nos atentamos a algumas coisas e, quando tem uma reunião como essa, faz com que nós tenhamos mais cuidados com coisas que são comuns e que a gente não percebe que está fazendo errado”, finaliza.