Tribunal mantém condenação aos 20 presos da operação Alcalóide
Os réus tiveram condenação histórica dada pelo juiz Almir Adib Tajra, titular da 7ª Vara Criminal de Teresina.
O Tribunal de Justiça do Piauí confirmou a condenação dada aos 20 traficantes presos na operação Alcalóide. A decisão foi da 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça. Os réus foram condenados pelo juiz Almir Adib Tajra Filho, titular da 7ª Vara Criminal de Teresina, e foi pedida a reformulação da sentença. O TJ negou.
Os criminosos foram condenados por tráfico ilícito de entorpecentes, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e comércio ilegal de arma de fogo. A 2ª Câmara é presidida pelo desembargador Erivan Lopes. A operação aconteceu em outubro de 2010.
Além das prisões, a justiça, na época, também determinou o sequestro dos bens dos integrantes da quadrilha adquiridos com dinheiro do tráfico. Durante a Operação Alcalóide, foram apreendidos 30 carros e motos e localizadas 11 casas pertencentes aos criminosos.
A Câmara também é integrada pelos desembargadores Joaquim Santana e Sebastião Martins, que julgaram a apelação criminal n° 2013.0001.001050-4.
A denúncia do Ministério Público e mantida pelo desembargador Erivan Lopes, relator do processo, reafirma que a organização criminosa operava principalmente na manipulação e no comércio de drogas nos bairros São Joaquim e Poti Velho em Teresina.
O bando era chefiado pelo condenado Pedro Roberto da Silva, o “filé”, que importava as drogas de São Paulo e de Foz do Iguaçu-Paraná, auxiliado por Márcio Sérgio de Miranda, o “Márcio Sessente” e James Augusto Rodrigues de Sousa, o “James Grandão”, encarregados da distribuição em Teresina.
Apenas o réu Francisco Roberto Feitosa Sousa teve sua condenação anulada, pois já havia sido julgado pelo mesmo fato em outro processo. Somadas, as penas impostas aos 20 condenados chegam a 192 anos e quatro meses de reclusão, a serem cumpridas em regime fechado.
Os acusados foram representados por 10 advogados diferentes e pela defensoria pública. O processo conta com 13 volumes e mais de cinco mil páginas.