Sem segurança, moradores denunciam invasão de casas no bairro Macaúba
População revela que os casos de assaltos na região são frequentes e que as rondas da Polícia são irregulares, facilitando a ação criminosa.
“A Macaúba é um bairro de mais de 100 anos e que está esquecido pelo poder público”, diz a aposentada Raimunda Aguiar ao se referir aos inúmeros problemas que o bairro, localizado na zona Sul de Teresina, apresenta. A moradora conta que a insegurança na região é o que mais afeta a vida da comunidade, que vive assustada com a quantidade de assaltos que tem aumentado consideravelmente. A
aposentada relata que, há uma semana, duas residências foram arrombadas e invadidas por criminosos, que fizeram um verdadeiro arrastão, deixando a população amedrontada. “Eles entraram e levaram tudo. E isso de invadir as casas tem acontecido com frequência aqui. A gente não pode andar na rua que é assaltado, ou então ouve dizer que levaram o celular de alguém, que roubaram a bolsa de uma mulher”, conta.
Raimunda Aguiar fala ainda que os criminosos agem sem qualquer receio, abordando as vítimas em todos os horários. “Aqui não tem hora, é assalto de dia, de noite, oito horas da manhã, duas da tarde, sete da noite, e qualquer um, homem ou mulher”, relata.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Ruas desertas e moradores reclamam da falta de policiais e de segurança no bairro Macaúba
Sobre a presença de policiais no local, a moradora conta que as rondas não são feitas regularmente e que os assaltantes aproveitam o momento que não há viaturas para cometer os crimes. “Parece que os bandidos adivinham quando está passando um carro da polícia, e é só eles [policiais] passarem que acontecem os assaltos. Tem vezes que os carros passam várias vezes no dia, mas tem vezes que não passa de jeito nenhum”, afirma.
Esse também é o sentimento da auxiliar administrativa Yuliana Cristina. “Aqui, não tem segurança e os assaltos acontecem direto. As viaturas passam em alguns dias, mas, às vezes, a gente passa o dia sem ver um carro. E, nos finais de semana, é pior, porque aí que a gente não vê mesmo, e é quando acontecem muitos assaltos”, relata.
Yuliana Cristina também conta que invadiram uma residência próxima a casa dela e que levaram vários pertences dos proprietários. “Outro dia, invadiram um prédio ali na frente e entraram no apartamento do morador”, explica. Sentada em frente a sua residência, ela diz: “eu mesma estou sentada aqui na porta num sei porquê, porque é perigoso eu ser assaltada".