quarta-feira, 9 de julho de 2014

Vistoria Comissão da OAB constata leitos vazios no Hospital de Universitário


Vistoria

Comissão da OAB constata leitos vazios no Hospital de Universitário

A presidente da Comissão denunciou a existência de enfermaria vazia com ar condicionado ligado no HU.

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, através da Comissão de Direitos da Saúde, realizou na última sexta-feira (04) uma visita aos Hospitais Universitário (HU) e de Urgência de Teresina (HUT) para averiguar as consequências da greve dos médicos do HU em relação aos pacientes do HUT. A presidente da Comissão, Rubenita Lessa, e a secretária da Comissão, Natividade Coimbra, procuraram averiguar se as transferências de pacientes do HUT ao HU continuavam acontecendo normalmente no período de greve. No entanto, foi constatado que estavam suspensas.
Imagem: DivulgaçãoAla sem funcionamento no HU(Imagem:Divulgação)Ala sem funcionamento no HU
Embora os médicos grevistas tenham afirmado que seriam suspensos apenas os procedimentos e atendimentos eletivos, as transferências de pacientes de urgência e emergência do HU ao HUT também foram suspensas, descumprindo a função de hospital de retaguarda e impedindo que pacientes do HUT pudessem ser melhor atendidos, tendo em vista a falta de condições do hospital de urgência. Durante a averiguação, a Comissão pode constatar vários leitos vazios no Hospital Universitário e que estes eram superiores à quantidade de pacientes que aguardavam por transferências. Até o dia 02 de julho a lista tinha 17 pacientes.
Imagem: DivulgaçãoLeitos vazios no HU(Imagem:Divulgação)Leitos vazios no HU
Além disso, a Comissão verificou que no Hospital Universitário 02 (duas) alas inteiras ainda estão fechadas, o equivalente a mais de 50 leitos de enfermaria, e uma é subutilizada como sala de repouso.

Rubenita Lessa explica que o HU foi colocado na rede de atendimentos como hospital de retaguarda do HUT, tendo a função de receber os pacientes clínicos e cirúrgicos, e que as transferências de pacientes do HUT não poderiam ter sido atingidas pela greve dos médicos do HU. “Pacientes não podem servir como objeto de conquista para negociações em melhorias de remuneração. Enquanto havia inúmeros leitos vazios no HU, nesse período de 30 de junho a 05 de julho muitos pacientes sofriam a dor de não serem atendidos adequadamente no HUT e ainda padeciam com o excessivo calor naquelas salas sem ventilação alguma e sem ar condicionado”. A presidente denunciou a existência de enfermaria vazia com ar condicionado ligado no HU.
Imagem: DivulgaçãoCorredores lotados do HU(Imagem:Divulgação)Corredores lotados do HU
Enquanto sobram vagas no Hospital Universitário, a situação é contrária no HUT, onde, de acordo com a Comissão, pacientes se amontoam em corredores e salas pequenas, em condições precárias de cuidados e higiene. “Além disso, os pacientes ficam em macas, alguns sem colchonete, no calor excessivo, em salas sem ventilação alguma, uns encostados nos outros, sendo muitos deles idosos em condições sub-humanas de tratamento e recuperação da saúde”, pontuaram as representantes da OAB.
Imagem: DivulgaçãoEnfermaria superlotada no HU(Imagem:Divulgação)Enfermaria superlotada no HU
Tendo em vista que já ocorreram três paralisações dos médicos do HU em 2014, como providências para a situação observada, a Comissão de Direito da Saúde da OAB-PI irá enviar ofício ao Hospital Universitário, ao Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI) e ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando providências para que não haja a paralisação das transferências durante o movimento grevista, pois prejudica o atendimento de urgência e emergência do HUT. Além disso, irá propor ao HUT, à Fundação Hospitalar de Teresina (FHT) e à Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS) a climatização adequada de salas e corredores do HUT, tendo em vista o agravo do sofrimento dos pacientes por conta do calor excessivo em Teresina.
Imagem: DivulgaçãoHospital Universitário(Imagem:Divulgação)Hospital Universitário

fonte gp1