sábado, 6 de setembro de 2014

Alunos cobram valorização dos farmacêuticos


Alunos cobram valorização dos farmacêuticos

Estudantes pedem ainda a redução da jornada de trabalho para 30 horas e concurso público.

Estudantes do curso de Farmácia estiveram reunidos ontem (5) em ato público na Avenida Frei Serafim, Centro de Teresina. Na pauta da manifestação, estava a valorização profissional, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais e abertura de concurso público para a categoria. 
Fotos: Marcela Pachêco/ODIA
Para o estudante Zenomar Humberto, a Lei Federal 13.021/2014 representa uma conquista para a classe. Segundo ela, a “farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos”. 
“Essa lei transforma as farmácias em estabelecimentos de saúde, o que é importantíssimo para a nossa categoria e para a população que necessita de um serviço melhor nas farmácias”, afirmou o estudante, que cobrou a necessidade de um piso salarial para os profissionais de Farmácia. Com faixas, os manifestantes afirmaram que “farmacêutico não é balconista”. De acordo com Rodrigo Gonçalves, estudante do 10° período do curso, rechaçou a importância de lutar pela valorização de sua futura profissão, com mais espaços de trabalho, tanto na esfera pública quanto privada. 
“Atualmente, a Prefeitura de Teresina tem outros profissionais, nas UBSs [Unidades Básicas de Saúde], que não são nem trabalhadores da área de saúde fazendo a dispensação e assistência de medicamentos. Queremos chamar a atenção do poder público para esta questão e para a realização de um concurso público urgente”, pontuou. 
Os participantes do ato informaram ainda que, no Piauí, são mais de 1.100 profissionais, sendo o segundo pior estado da federação em atendimento ao público. De acordo com o Censo Demográfico Farmacêutico 2014, estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para Farmacêuticos (ICTQ), hoje o Brasil apresenta apenas 1,76 farmacêutico para cada 2 mil habitantes. 
Para o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Piauí, Paulo Leal, algumas conquistas vêm acontecendo, como a aprovação da Lei Federal 13.021/2014, mas cita que algumas melhorias ainda são necessárias. 
“A reestruturação da saúde começa com a qualidade na assistência farmacêutica, prestando informações corretas de que medicamento tomar, como tomar e até como guardar, mas não apenas no consultório médico”, assegurou o sindicalista. 
Os estudantes cercaram ainda, na manhã de ontem (5), o Palácio de Karnak, levando suas reivindicações ao poder público estadual. A manifestação integrou a programação da II Jornada de Estudantes de Farmácia, com a presença de alunos de outros estados, como Ceará e Maranhão.

fonte portal o dia
Repórter: Beto Marques - Jornal O Dia