quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Justiça do Trabalho condena fazenda por trabalho degradante no PI


Justiça do Trabalho condena fazenda por trabalho degradante no PI

Após denúncia de que trabalhadores bebiam água com ferrugem e eram obrigados a fazer necessidades fisiológicas no mato a fazenda Água Branca em Palmeira do Piauí foi condenada pela Justiça do Trabalho pela prática de trabalho degradante.  Cada trabalhador que ingressou com a ação teve o vínculo empregatício reconhecido e recebeu em torno de R$ 45.000,00 de indenização. A empresa também foi condenada ao pagamento de indenização individual no valor de R$ 20.000,00 para cada trabalhador, pela configuração do trabalho degradante.  A sentença transitou em julgado, não cabendo mais recurso.
O crime configura uma das modalidades do trabalho escravo contemporâneo. O juiz do Trabalho Carlos Wagner Araújo Nery da Cruz, titular da Vara de Bom Jesus, reconheceu a configuração do crime e condenou a empresa ao pagamento das verbas de indenização trabalhista e de indenização individual pela prática irregular. A sentença foi encaminhada ao Ministério Público Federal para ajuizamento de ação penal contra os infratores.
A fazenda Água Branca fica a 629 quilômetros de Teresina, no extremo Sul do Estado e a situação foi constatada depois que nove catadores de raiz ajuizaram ações individuais alegando serem vítimas do trabalho degradante. Outra denúncia constatada pela ação é que os trabalhadores ficavam alojados em barracos de palha, sem condições adequadas para descanso. A atividade serve para a limpeza do solo antes do plantio da soja.
Na sentença, o juiz do Trabalho Carlos Wagner Araújo Nery da Cruz reconheceu as condições degradantes de trabalho alegadas, com lesão ao meio ambiente do trabalho digno.

fonte cidadeverde.com