Após ser condenado pela Marinha, Restaurante Flutuante será fechado
A estrutura do restaurante Flutuante foi condenada pelo Tribunal Marítimo da Marinha do Brasil e o local só ficará aberto até o próximo dia 29
O principal atrativo do Parque Ambiental Encontro dos Rios será fechado. A estrutura do restaurante Flutuante foi condenada pelo Tribunal Marítimo da Marinha do Brasil e o local só ficará aberto até o próximo dia 29 de março, diz o aviso estampado na entrada do espaço.
De acordo com o proprietário do restaurante, Adão Alves, que tem uma parceria em regime de comodato com a Prefeitura de Teresina para administrar o Flutuante, há tempos a Marinha já vinha notificando o local. “Chegou ao limite máximo. O engenheiro naval afirma que o motivo da condenação não foi nem a estrutura e, sim, o tempo de duração do funcionamento da estrutura”, explica Adão, que há 20 anos é responsável pelo Flutuante.
Conforme Adão, o atual Flutuante, que hoje possui um tamanho de 16X7m, será substituído por um novo restaurante, que contará com o tamanho de 10X20m. A previsão é que essa substituição aconteça em pelo menos 30 dias.
O período em que o Flutuante ficará fechado pode resultar na diminuição do número de visitantes do Parque, visto que grande parte das pessoas que frequentam o Encontro dos Rios vão ao local apenas para comer no restaurante.
DONOS DE QUIOSQUES DENUNCIAM: BALNEÁRIO CURVA SÃO PAULO ESTÁ ABANDONADO
Depois de receber a informação a respeito do Flutuante, a reportagem do portal foi saber como andam outros pontos turísticos da capital do estado. “Minha renda aqui é zero”, afirma Edvaldo Sousa, dono de dois quiosques da Curva São Paulo. O balneário, localizado na zona Sudeste de Teresina, foi inaugurado em 2007, e tinha como objetivo se tornar um polo turístico de entretenimento. No entanto, quem frequenta o local garante que hoje ele se encontra completamente abandonado pelo poder público.
Edvaldo Sousa trabalha na Curva São Paulo há sete anos e afirma que a falta de incentivo por parte da Prefeitura Municipal de Teresina tem como consequência o enfraquecimento das visitas ao balneário. “Depois de muito tempo foi que reformaram um dos banheiros. Isso é um absurdo. Nossa estrutura é péssima. Eu tive que gastar mais de R$3 mil do meu próprio bolso para retelhar meu quiosque”, conta Evaldo.
O outro proprietário de quiosque, Antônio Silva, trabalha no local desde a abertura do balneário. Ele conta que no início as vendas eram boas e que dava pra juntar uma quantia de dinheiro considerável no final do mês. “Hoje minha renda diminuiu 90%. Venho pra cá ainda de teimoso”, lamenta. Dos 46 quiosques do Balneário Curva São Paulo, somente 20 funcionam, afirma Antônio. “A prefeitura deveria tomar uma providência quanto a isso”, reclama.
Elias Alves, frequentador do Balneário, diz que a PMT deveria investir em contratação de bandas para atrair público para o local. “Aqui deveria ter atrações musicais para que mais gente viesse para cá”, sugere.
Ao portal, o secretário municipal de Economia Solidária, Olavo Braz, alega que a manutenção dos quiosques é de responsabilidade dos permissionários. “Cada proprietário responde pelo seu quiosque”, explica. Olavo Braz afirma, ainda, que a administração do balneário Curva São Paulo deve ser feita em parceria com a população.
“A prefeitura faz a parte dela é que garantir a limpeza do espaço e a iluminação”, garante o gestor. De acordo com o secretário no próximo mês as atrações musicais retornarão ao balneário. “Vamos reativar os musicais com bandas folclóricas e grupo de danças e vamos fazer nossa parte”, promete.
Sobre o abandono dos quiosques por parte dos permissionários, a PMT vai notificá-los nos próximos dias e cobrar uma explicação.
PONTOS TURÍSTICOS, PONTE ESTAIADA E LAGOAS DO NORTE, AINDA ATRAEM VISITANTES
Se por um lado frequentadores denunciam o abandono da Curva São Paulo por parte da prefeitura de Teresina, o discurso muda quanto o assunto é Parque Lagoas do Norte e Mirante da Ponte Estaiada.
O portal percorreu todos os pontos turísticos de Teresina e confirmou que, apesar de alguns contratempos, tudo segue dentro da normalidade. Um exemplo é o Mirante da Ponte Estaiada, que ficou quase um ano fechado por conta de um problema técnicos nos dois elevadores.
De acordo com a administradora do complexo turístico, Helena Nascimento, um elevador já foi consertado, mas o outro permanece em manutenção. “Cerca de 80 pessoas visitam diariamente o Mirante e o elevador dá conta de levá-los ao mirante. O único impasse que tínhamos era em relação ao não funcionamento do elevador, tirando isso, está tudo aqui está bem”, conta.
No Parque Lagoas do Norte, a única reclamação, segundo moradores, era a respeito do alto índice de violência, mas a situação já foi contornada. “O comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar aumentou o efetivo na região”, afirma Renato Alves. Com a estrutura ainda em bom estado de conservação, o ponto turístico atrai público de todas as idades e desenvolve atividades, como ginástica em grupo, para os frequentadores.