quinta-feira, 30 de julho de 2015

Sindicato critica orçamento criado pelo Governo para Instituto de Águas


Sindicato critica orçamento criado pelo Governo para Instituto de Águas

Florentino Filho, presidente do Sindicato dos Engenheiros, afirma população será prejudicada por 'série de erros'.

O Sindicato dos Engenheiros do Piauí (Senge-PI) reagiu mal ao decreto 16.124, do Governo do Estado, que estabeleceu um orçamento de apenas R$ 10 milhões para o Instituto de Águas e Esgotos do Piauí, que ficará responsável pelos serviços de abastecimento d'água e esgotamento sanitário no Estado, em substituição à antiga Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí S/A).
O documento foi assinado há três dias pela então governadora em exercício Margarete Coelho (PP). Para os engenheiros que integram o Senge, os valores alocados no orçamento do novo instituto são "insignificantes".
De acordo com o decreto, até o final do ano o orçamento do Instituto terá R$ 300 mil para manutenção de esgotamento sanitário e R$ 234 mil para manutenção do abastecimento de água. Se os valores fossem distribuídos igualmente para os 160 municípios atendidos pela Agespisa, cada um receberia apenas R$ 1.875 para esgotamento e R$ 1.462 para abastecimento.
Para implantação de esgotamento sanitário está previsto R$ 1,1 milhão, e cerca de R$ 950 milhões para ampliação e melhoria do sistema de abastecimento d'água.
Segundo o presidente do sindicato, Antonio Florentino Filho, o decreto governamental fere o artigo 42 da lei federal 4.320/64 ,que determina que "os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo". O engenheiro lembrou que há 12 anos, no governo anterior de Wellington Dias (PT), o Consórcio Coresa Sul teve orçamento de R$ 21 milhões e não teve nenhuma obra realizada.
"Esse orçamento [do instituto] é pífio e insignificante. Se é assim que o Estado quer mudar o saneamento do Estado, lamentamos muito. Estamos assistindo a uma série de erros que irão prejudicar gravemente a população piauiense. O Estado deveria se preocupar em punir os maus gestores que contribuíram para que a Agespisa acumulasse uma dívida bilionária e fortalecê-la para melhorar os serviços de saneamento básico no Piauí. O Instituto de Águas não vai resolver o problema e uma possível terceirização será mais prejudicial ainda", afirmou Florentino Filho.
Herbert Buenos Aires, presidente do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí, respondeu à crítica do Sindicato dos Engenheiros afirmando que o orçamento de R$ 10 milhões foi previsto apenas para dar início à estruturação do instituto, e que suplementações orçamentárias serão solicitadas ao longo dos próximos meses.

fonte portal o dia