quinta-feira, 30 de julho de 2015

Famílias tentam ocupar terreno pela sexta vez e polícia é acionada

Famílias tentam ocupar terreno pela sexta vez e polícia é acionada

Lote de terras fica no Vale do Gavião, próximo ao Residencial Wilson Martins.

No final da manhã de hoje (30), famílias tentaram ocupar, pela sexta vez nas últimas duas semanas, um lote de terras que fica próximo ao Residencial Wilson Martins, no bairro Vale do Gavião, zona Leste de Teresina. Quando começaram a montar as barracas e fixar as primeiras estruturas, os cerca de 150 invasores foram surpreendidos por fiscais da Prefeitura e pela Polícia Militar.
Segundo um morador do Residencial Wilson Martins, o terreno é bastante amplo e permite a construção de casas e barracos com folga, o que acaba atraindo as famílias. “É constante esse tipo de conflito aqui. Os ocupantes chegam, começam a se instalar e aí vêm os fiscais da Prefeitura pra retirar. Depois de uns dias, as famílias voltam de novo e fica nisso o tempo todo”, diz um homem que mora próximo ao terreno. 
Hoje, no entanto, o número de pessoas era maior que o observado nas outras ocupações, e os fiscais da SDU Leste tiveram que acionar a PM para dar apoio na retirada das famílias. Em conversa com o PortalODIA, o capitão Craveiro, do 5º BPM, conta que os representantes da Prefeitura negociaram com os ocupantes, cabendo à polícia apenas “garantir que nada fugisse de controle”.
Pouco depois de se retirarem, os policiais foram acionados novamente pela associação de moradores do Vale do Gavião e informados de que os ocupantes haviam retornado ao terreno, dessa vez gritando palavras de ordem e portando vários instrumentos cortantes. As famílias dizem que não vão mais se intimidar e permanecem no local desafiando a Polícia Militar. Os fiscais da Prefeitura foram novamente acionados.
Terreno era utilizado como ponto para desmanche de motos e consumo de drogas, alegam invasores
Para legitimar a ocupação, os invasores alegam que o terreno está abandonado há cerca de 15 anos, e vinha sendo utilizado como ponto para desmanche de motos e consumo de drogas. "O que a gente quer não é afrontar as autoridades. A gente quer uma oportunidade de moradia e ter um lugar pra chamar de nosso", afirmou Maria de Lourdes, uma das que lidera a ocupação do terreno.
Ela acrescenta que está há mais de dez anos à procura de um local fixo para morar, e relata que nunca conseguiu uma chance para participar do programa habitacional 'Minha Casa, Minha Vida', do Governo Federal.
Os invasores relatam que em diversas ocasiões a Polícia Militar já desocupou o terreno, mas eles sempre reconstroem os barracos, dias após eles serem derrubados. 
 

fonte portal o dia