Quatro parlamentares do Piauí estão entre os 150 mais influentes do Congresso
Ciro está entre os "Cabeças" e três deputados são considerados em ascensão.
Três deputados federais e um senador do Piauí foram apontados como nomes influentes dentro do Congresso Nacional. A lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), divulgada hoje (31), traz Heráclito Fortes (PSB), Júlio César (PSD) e Marcelo Castro (PMDB) como deputados em ascensão e mantém o senador Ciro Nogueira (PP) na lista dos “Cabeças”.
Os deputados piauienses foram considerados parlamentares em ascensão por receberem e cumprirem bem missões partidárias, políticas ou institucionais. Marcelo Castro já integrava a lista, enquanto Heráclito Fortes e Júlio César foram incluídos nesta última edição. Com Ciro, são quatro parlamentares do Piauí que estão entre os 150 mais influentes do Congresso.
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, foi apontado como articulador, ou seja, um parlamentar que tem influência junto às correntes políticas e possui facilidade de interpretar o pensamento da maioria. “Muitos dos articuladores exercem um poder invisível entre seus colegas de bancada, sem aparecer na imprensa ou nos debates de plenários e comissões. Normalmente, têm livre acesso aos bastidores, ao poder institucional e alto grau de fidelidade às diretrizes partidárias ou ideológicas do grupo político que integram”, diz a definição do Diap.
Os parlamentares que integram a lista dos “Cabeças”, como é o caso de Ciro Nogueira, são considerados “operadores-chave do Poder Legislativo cujas preferências, iniciativas, decisões ou vetos – implementados, por meio dos métodos da persuasão, da negociação, da indução ou da não-decisão – prevalecem no processo decisório na Câmara ou no Senado Federal”.
Operação Lava-Jato
O senador piauiense está sendo investigado por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Lava-Jato. Ciro Nogueira tem ligações diretas com a presidente Dilma Rousseff (PT), e foi apontado pelo delator Paulo Roberto Costa como beneficiado pelo dinheiro desviado da Petrobras
Mesmo assim, a publicação “Os Cabeças do Congresso”, editada há 22 anos pelo Diap, não considera os critérios éticos-morais para definir a lista. “Os critérios empregados para identificar os influentes são basicamente três: a) o institucional, ou seja, o posto que ocupa na estrutura da Casa ou no partido, b) o reputacional, como é visto por seus colegas e correligionários de partido e região, e c) o decisional ou como se comporta frente a votações, negociações, articulações etc”, esclarece o Diap.
Ao citar a investigação da Operação Lava-Jato, o Departamento ressalta que o fato de serem influente não significa, necessariamente, que todos os parlamentares se utilizem disso apenas para o bem. “Deste modo, embora a maioria absoluta seja formada por parlamentares corretos e honestos, verdadeiramente preocupados com o interesse público e que pautam suas atuações por princípios republicanos, há exceções e entre estas existem alguns que não seguem necessariamente esses princípios, a julgar pelas investigações a cargo do Ministério Público”, destaca.