Operação Mercedes apreende 12º veículo de luxo, desta vez no Cristo Rei
Desta vez foi apreendido um Mercedes C180, avaliado em R$ 130 mil.
A Polícia Civil do Piauí cumpriu, na tarde desta quinta-feira (17), mais um mandado de sequestro de um veículo Mercedes-Benz, ainda como parte da operação deflagrada na última terça-feira (15), que desbaratou uma quadrilha de estelionatários especializada na compra de veículos de luxo com documentos falsificados.
Desta vez foi apreendido um Mercedes C180, avaliado em R$ 130 mil. O veículo estava numa residência do bairro Cristo Rei, na zona sul de Teresina.
Este é o 12° carro apreendido na Operação Mercedes. De acordo com o delegado Matheus Zanatta, o veículo estava em poder de um empresário do ramo de alimentação.
Em depoimento, ele informou que pagou R$ 40 mil pelo carro, e disse que pretendia assumir o financiamento da quantia restante. Porém, não apresentou nenhum boleto bancário à Polícia.
Na quarta-feira, um dia após a operação ser deflagrada, o cantor Léo Cachorrão também compareceu à delegacia para esclarecer como adquiriu uma Mercedes A200, que foi apreendida em sua residência.
Ao delegado Zanatta, o cantor Leonardo Lima disse que comprou o veículo de luxo de boa fé, sem imaginar sua origem ilícita, e que, portanto, foi mais uma vítima da quadrilha, não cúmplice.
Segundo o delegado Menandro Pedro, os integrantes da quadrilha utilizavam documentos falsos para comprar os veículos de luxo, e não quitavam a dívida. Posteriormente, revendiam os carros a preços bem abaixo do valor de mercado. Um carro que custava cerca de R$ 170 mil, por exemplo, poderia ser adquirido por R$ 50 mil.
A Polícia estima que o grupo criminoso tenha causado um prejuízo de R$ 2 milhões às concessionárias.
Três integrantes da quadrilha foram presos - Janayna Antônia de Macedo Carvalho, Kallyandro Araújo Silva, vulgo Kaka, e Augusto César Melo Machado. Mas um quarto envolvido, identificado como Roberto Lima de Carvalho, continua foragido.
Compradores podem ser indiciados por receptação
Em entrevista a O DIA, o delegado Matheus Zanatta também afirmou que, por enquanto, não é possível determinar com se os compradores dos carros de luxo agiram de má fé. No entanto, caso esta hipótese seja confirmada, eles serão indiciados pelo crime de receptação.