Presidente do TCE nega pagamento de auxilio-moradia retroativo
O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Luciano Nunes, disse no final da manhã desta terça-feira que nenhum dos integrantes da corte de contas listados para receber auxilio-moradia teve acesso aos valores listados e que somam mais de R$ 3,6 milhões.
Segundo Nunes, o pagamento poderá ser feito, mas ele não sabe nem quando nem como.
O benefício é entendido como direito por ele e os demais integrantes do TCE favorecidos pelo auxilio, conforme prescreve um dispositivo constitucional.
Nunes disse que o TCE por enquanto apenas informou os valores, por solicitação do conselheiro Olavo Rebelo, para que eles não prescrevam e possam ser posteriormente pagos aos beneficiários.
O conselheiro presidente do TCE queixou-se do conselheiro, pois entendeu que a expressão “imóvel de alto padrão” poderia ser entendido como “mansão”. Até brincou, pedindo o endereço de sua mansão, pois alega que reside na mesma casa há três décadas. Uma casa, segundo ele, financiada 30 anos atrás pelo Sistema Financeiro da Habitação.
Outro integrante da lista do auxilio-moradia de R$ 3,6 milhões do TCE, o auditor Delano Câmara, também disse que os valores não foram pagos e que o auxilio-moradia tem sido concedido como forma de compensação ao achatamento de salários.
Os integrantes da lista de favorecidos pelo auxilio-moradia, ainda não pago pelo TCE, moram todos em Teresina, em imóveis próprios, e têm rendimentos mensais que superam R$ 20 mil, o que por ano significa mais de R$ 260 mil.