quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Juiz Luiz Moura decreta prisão dos líderes do movimento "Polícia Legal"


Juiz Luiz Moura decreta prisão dos líderes do movimento "Polícia Legal"

Em coletiva de imprensa no início da noite desta quarta-feira (2), o corregedor da Polícia Militar do Piauí, coronel George Félix Carvalho, informou que após conclusão de inquérito policial militar foi solicitada a prisão de 15 líderes do movimento "Polícia Legal", deflagrado no último sábado. 
O comando da PM afirma ter várias provas de insubordinação, desobediência, desacato, injúria e difamação. Um dos líderes do movimento já foi preso na tarde de hoje. 
"O movimento está ameaçando a ruptura da estrutura da Polícia e o pleno funcionamento da instituição", declarou o corregedor, afirmando ter relatórios com gravações e imagens que comprovam os crimes militares. Os PMs são proibidos do exercício de greve e de sindicalismo. 
O juiz Luiz Moura Correia, da Central de Inquérito de Teresina, decretou nesta quarta-feira (2) a prisão dos policiais militares que estão liderando o movimento “Polícia Legal”. A paralisação dos policiais teve início na noite do último sábado (28) onde os oficiais aderiram em 100% e se recusaram a sair dos batalhões. O movimento reivindica reajuste salarial.
O pedido de prisão foi solicitado pelo Ministério Público, através do promotor militar Assuero Stevenson.
O magistrado confirma o pedido do Ministério Público alegando crime militar, de ordem pública, e risco a segurança nacional. A ação acusa os líderes de injúria e difamação.
Oito associações de militares iniciam o movimento para pressionar o governo para uma negociação.
A diretora da Associação Beneficente da Polícia Militar e Bombeiros, Ativos, Inativos Pensionistas e Assemelhados, Marcioneide das Chagas Barbosa, informou que os líderes não irão se intimidar com a decisão judicial. Ela confirmou que mesmo com a prisão dos policiais, a manifestação em frente ao Tribunal de Justiça está mantida.
“Estamos sabendo que o governo pediu a prisão dos líderes, mas não estamos fazendo nada errado, quem está cometendo crime é o Estado”, disse Marcioneide Barbosa. 
O movimento reivindica o envio e aprovação na Alepi da lei de promoção e a definição de um reajuste salarial para os próximos quatro anos, além de melhores condições de trabalho. 
O Polícia Legal já foi deflagrado em 2011. A categoria reclama que de lá até agora não houve avanço na estrutura e os policiais trabalham ilegalmente nos quarteis. 
O comando da Polícia Militar convocou uma coletiva de imprensa para 17h30, horário da manifestação dos PMs, para tratar das medidas a serem adotadas para que o policiamento não seja prejudicado.

fonte cidadeverde.com