segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Nerinho quer implementar estratégia do Ceará no Porto Seco de Teresina


Nerinho quer implementar estratégia do Ceará no Porto Seco de Teresina

O Secretário do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do Estado, José Icemar Lavor Neri, o Nerinho, esteve no Ceará onde conheceu a Companhia Siderúrgica do Pecém, um complexo que se configura como a primeira usina siderúrgica integrada da região Nordeste.
A proposta da visita foi conhecer toda a logística, operação e impacto na industrialização das áreas do entorno de um porto, visando implementar as estratégias de implantação do Porto Seco de Teresina, cuja construção será iniciada em breve.
O secretário Nerinho esteve acompanhado do presidente da Companhia de Terminais Alfandegados do Piauí (Porto PI), Ted Wilson, que explica que o empreendimento tem um investimento inicial de R$ 8 milhões, garantido pelo Governo do Estado e as obras da primeira fase devem iniciar ainda este ano, com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2017.
No começo do mês Nerinho, Ted Wilson e Fábio Nery, secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semdec) estiveram no local da construção e acompanharam os próximos passos do projeto além de verificar detalhes do andamento.
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PORTO SECO DE IRÁ ALAVANCAR O COMÉRCIO INTERNACIONAL
O Porto Seco de Teresina é a nova aposta do governo para facilitar o comércio das empresas piauienses com o mundo. Tanto exportações como importações serão alavancadas com o projeto que deve ter sua primeira etapa concluída no primeiro semestre de 2017 e vai gerar muitos tributos para o estado.
A ideia foi motivada pelo crescimento das transações comerciais das empresas piauienses no exterior nos últimos anos. Apenas em abril de 2016, a Balança Comercial registrou um superávit de US$ 6.866.300.
De acordo com dados apresentados pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet), a exportação alcançou cifra de US$ 19.031.241, com crescimento de 36,08% em relação às exportações de março de 2016.
Construído numa área de 69.067 m², localizado no Polo Industrial Sul, permitirá às empresas do Piauí facilitar as exportações e importações, além de facilitar os trâmites de mercadoria referentes à Receita Federal.
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Com o Porto Seco as empresas do Piauí deixarão de ser tão dependentes de estados como Maranhão, Ceará e Pernambuco. Além disso, as taxas recolhidas nesses trâmites gerarão receita para o estado.
Segundo Ted Wilson, presidente da Companhia de Terminais Alfandegados do Piauí, responsável pelo projeto do Porto Seco, o Piauí viverá uma nova fase de desenvolvimento. “O governador acreditou na nossa proposta e resolveu investir. As empresas que já são grandes vão diminuir os custos e as micro e pequenas empresas, que ainda não fazem comércio exterior, vão começar a fazer”, explicou.
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DEVE INJETAR ATÉ R$15 MILHÕES NA ECONOMIA
A instalação do Porto Seco em Teresina além de facilitar o comércio das empresas do Piauí com exterior, deve injetar até R$ 15 milhões na economia do Estado, resultado dos impostados cobrados pelas transações.
A Companhia de Terminais Alfandegados do Piauí, responsável pelo projeto, estima que apenas neste ano a arrecadação do Piauí com taxas de exportação e importação atinja a cifra dos R$ 260 milhões.
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'O PIAUÍ GANHA', AFIRMA PRESIDENTE DA AIP
O presidente da Associação Industrial do Piauí (AIP), Joaquim Costa, conversou com o portal 180 sobre a importância que o Porto Seco de Teresina tem para a indústria do estado. O projeto que deve ter sua primeira etapa concluída no primeiro semestre de 2017, com investimentos de R$ 8 milhões já garantidos pelo Governo do Estado, facilitará importação e exportação de vários setores da economia.
Com o terreno doado pela Prefeitura de Teresina, localizado no polo Industrial Sul, está em fase de elaboração do processo licitatório.
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“O Porto Seco de Teresina tem fundamental importância para o desenvolvimento do Piauí, não só para indústria e comércio, que exportam e importam, mas para o estado. A grande facilidade é que o ‘desembaraço’ das mercadorias, tanto de exportação, como de importação, vão acontecer em Teresina. O Piauí ganha, pois são muitos impostos, que incidem sobre a mercadoria, que vão para o estado, que viram investimentos”, disse Joaquim Costa ao relembrar que o Piauí é completamente dependente dos portos dos outros estados.
PIAUÍ DEIA DE SER TÃO DEPENDENTE DO CE, MA e PE
Não há como negar a necessidade de um porto no Piauí, levando em consideração principalmente que os números das movimentações com o exterior das empresas piauienses. Apenas no primeiro semestre do ano passado as exportações atingiram o crescimento de 104,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em abril deste ano houve um crescimento de 36,08% em relação a março.
Hoje Piauí depende exclusivamente dos portos de outros estados para realizarem essas transações. Todas as taxas alfandegárias ficam nesses estados, que já possuem uma grande estrutura portuária. Muitas empresas inclusive possuem galpões próximos a esses portos e a partir dali a distribuição é realizada.
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O Piauí perde impostos, empregos e desenvolvimento sem um porto. A nova aposta do Governo é a construção do Porto Seco de Teresina, que é um recinto alfandegado de uso público, administrado em parte pelo governo e outra parte pela inciativa privada, que oferece serviços de armazenagem, movimentação, despacho aduaneiro de mercadorias importadas ou a exportar.
FACILITARÁ A IMPORTAÇÃO DAS EMPRESAS DO PIAUÍ
Uma das grandes vantagens da construção do Porto Seco de Teresina é a facilidade que as empresas piauienses terão ao importar produtos de outros países. Como dito na reportagem anterior, hoje há uma dependência de 100% com os portos de outros estados, em especial ao porto de Pecém, no Ceará, de Itaqui, no Maranhão, e de Suape, em Pernambuco. Com a conclusão do projeto em solo piauiense, pelo menos a parte burocrática, de armazenagem e distribuição pode facilmente ser resolvida no estado, além de inclusão de novos serviços.
Uma das empresas que mais importam é a Hot Sat. Com mais de 20 anos de atuação no Norte e Nordeste do país, está presente em cinco estados e atua em 15 outros através de representantes. Possui uma importante representatividade no desenvolvimento da região, estando entre uma das maiores contribuintes em arrecadação de impostos (ICMS) no estado do Piauí e emprega mais de 100 colaboradores em todo grupo.
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A Hot Sat importa mercadorias da Ásia há 16 anos, intensificando o volume em 2011 com a abertura do escritório em Xangai, na China. A empresa está sempre entre os maiores importadores do estado do Piauí e Ceará, de acordo com o ranking do MDIC (Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio).
ESTADO PODE TER UMA BASE NA FLÓRIDA
Com a implantação do Porto Seco de Teresina, o estado por ganhar uma base de cargas nos aeroportos de Parnaíba e da Flórida a fim de facilitar a exportação de produtos do Piauí para os Estados Unidos. A capital piauiense é a única que não possui essa estrutura portuária, mas o processo de construção da estrutura já foi iniciada e a primeira parte deve ficar pronta no primeiro semestre de 2017.
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No ano passado, o governador Wellington Dias se reuniu com representantes da Câmara de Comércio Brasil - Estados Unidos da Flórida (BACCF) e responsáveis por prestar consultoria especializada a fim de auxiliar empresários piauienses a adentrar o mercado internacional. O encontro teve como objetivo discutir novos investimentos para o estado a partir da exportação de produtos piauienses.
Ficou acertado na reunião que os dois países criarão uma câmara de interesses, reunindo órgãos do governo e empresários, a fim de dar celeridade às negociações e que, dentro de um prazo de um ano, serão definidas as estratégias para definir quais produtos piauienses terão mais aceitação no mercado externo.
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fonte 180graus.com