quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Homicídios no Promorar caem, mas população diverge sobre segurança

Homicídios no Promorar caem, mas população diverge sobre segurança

Os crimes de menor potencial ofensivo, como roubo de celulares e assalto a casas e comércios, continuam a assustar os moradores.

Três anos após a primeira intervenção da Polícia na região do bairro Promorar, na zona Sul de Teresina, a PM registrou uma queda significativa do número de homicídios na região. Em 2014, foram registrados até 30 homicídios em um mês e agora, em 2016, as ocorrências giram em torno de 3 a 4 homicídios mensais. Porém, os crimes considerados de menor potencial ofensivo, como roubo de celulares e assalto a casas e comércios do bairro, continuam a assustar os moradores.
Localizado entre várias vilas, o Promorar enfrentou uma grande onda de violência em 2013, com muitos assassinatos entre rivais de gangues dessas vilas. A maioria dos crimes era ligada também ao tráfico de drogas. No dia 17 de novembro daquele ano, um traficante baleou Maria da Paz de Almeida, de 42 anos. A vítima teve sua residência invadida porque os traficantes buscavam vingança, acreditando que ela tinha denunciado, à Polícia, uma boca de fumo da região.

Região chegou a registrar 30 homicídios por mês (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
Na época, o então secretário de Segurança, Robert Rios Magalhães, decidiu realizar uma intervenção no bairro, dando cumprimento a dezenas de mandados de busca e apreensão. Foi a chamada “Operação Promorar”, com a presença do comandante da PM da época, coronel Gerardo Rebelo. Cerca de 160 policiais militares, além de policiais civis, abordaram as pessoas e conseguiram inibir a violência na região.
E, ontem (8), a reportagem de ODIA ouviu moradores do Promorar que confirmaram que as mortes caíram, mas isso não significa que o bairro está mais seguro. “Assalto aqui é toda hora. Levam bolsa e celular de quem está passando na rua, invadem as casas, arrombam comércio. Ninguém está seguro”, afirma a dona de casa Maria Barros de Carvalho.
A mesma opinião é compartilhada pelo serralheiro Adilson Félix, que mora no Bela Vista, mas trabalha no Promorar há 30 anos. “A PM até faz ronda no bairro, mas os bandidos esperam a Polícia passar para assaltar, isso é comum aqui”, conta.

fonte portal o dia