Justiça marca audiência para tentar encerrar ocupação na UFPI
A quatro de dias de completar um mês de resistência, o rumo do movimento #OcupaUfpi poderá ser definido nesta quarta-feira (16). Os estudantes da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) que participam do ato se reunirão com a Procuradoria-Geral Federal para acertarem ou não um acordo antes que o pedido de reintegração de posse da reitoria seja judicializado. A ideia da Justiça é buscar um entendimento para que os manifestantes saiam de forma pacífica da ocupação.
A pauta principal de reinvindicação do manifestantes é a não aprovação, pelo Senado Federal, da Proposta de Emenda Constitucional 55, conhecida por PEC 241 na Câmara Federal. A Pec estabelece um teto de gastos públicos por até 20 anos. A preocupação dos estudantes é que a medida provoque o corte imediato de investimentos em Educação e Saúde.
Além da posição contra a Pec-55, os estudantes que participam do #OcupaUfpi reivindicam melhorias no campus. Os manifestantes querem mais segurança, investimento no Restaurante Universitário, reforma da Residência Universitária, dentre outros pontos que foram listados em carta de reinvindicação.
A audiência que tem como objetivo buscar a conciliação entre os estudantes e a universidade será realizada no prédio da Procuradoria. Ainda hoje os manifestantes se reúnem em assembleia para definirem se vão buscar acordo ou não com a Ufpi.
Reintegração de Posse
A Procuradoria-Geral Federal entrou com pedido de reintegração de posse da reitoria da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) na semana passada. O procurador-chefe adjunto, Dr. Virgolino da Silva Coelho Neto, entende que o movimento está afetando o trabalho da Procuradoria, que tem sede próxima à reitoria.
“A ocupação se estende há um bom tempo. O reitor tem tentando negociar e defende o direito de manifestação dos estudantes. O movimento passou a comprometer as atividades da Procuradoria, que funciona no mesmo prédio da reitoria como, por exemplo, o acesso à sala. Nós não tínhamos mais como trabalhar e atender a demanda da Justiça, temos contratos a serem firmados com pena do dinheiro não ser aplicado, até mesmo o atendimento aos próprios estudantes afetou”, comentou.