Represa faz rio agonizar e associação pede ajuda ao Governo para salvá-lo
As águas do rio acabavam desembocando no Poti
Três represas feitas por particulares no Rio Tabuá, em Aroazes (a 219 quilômetros de Teresina), transformaram a calha do rio em pastagem para animal, totalmente seca. O alerta é do presidente da Associação de Proteção Ambiental e Sustentabilidade Econômica e Mista de Aroazes, Genival Soares da Costa.
O auditor fiscal federal Acilino Alberto Madeira Neto, que nasceu e cresceu à margem do rio, diz que as águas do Tabuá deságua no Rio Sambito, que deságua no Poti. “Estamos travando uma luta e aqui pedindo o apoio de todos para revitalizarmos o rio. É preciso que as três represas sejam desfeitas e que revitalizemos a calha do Tabuá”, observa Acilino Alberto, que é diretor técnico da associação de proteção ambiental.
Durante séculos famílias sobreviveram às margens do Tabuá. O rio nasce em uma serra, corta a cidade e segue pela zona rural do município. Sua água serve para famílias ribeirinhas. Há 4 anos, depois da construção particular das três represas, o rio secou logo abaixo da represa e só volta a ficar cheio no período chuvoso. Depois, o que era um rio perene, se transforma em pastagem para animal. A água fica toda represada em sítios para piscinas e beneficiar apenas algumas famílias que o represam.
A Associação de Proteção Ambiental e Sustentabilidade Econômica e Mista de Aroazes já levou o caso ao Ministério Público, solicitando providências.
“Revitalizar o Rio Tabuá representa sustentabilidade econômica. É preciso além de refazermos a calha do rio, que plantemos arvores nativas para que ele não volte a se desassorear”, diz Acilino, que vem buscando a ajuda das autoridades.
“Estamos na semana das águas e é exatamente na defesa da água que estamos lutando”, finaliza Genival Soares da Costa.