Juiz mantém prisão preventiva de cinco acusados de assassinar cabo do Bope
Crime aconteceu em dezembro do ano passado
O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto negou o pedido de revogação e manteve prisão preventiva para cinco acusados de assassinar o cabo do Bope, Claudemir de Sousa. A decisão é da última quinta-feira (11) e foi publicada nesta quarta-feira (17). O magistrado marcou ainda uma audiência de instrução e julgamento dos acusados.
De acordo com o processo, a advogada de José Roberto Leal da Silva, requereu a revogação de sua prisão preventiva e alegou que o acusado não oferece risco às investigações.
Os advogados de Igor Andrade e Thaís Monait Neris de Oliveira pediram concessão de liberdade provisória, com aplicação de medidas cautelares ou prisão domiciliar, por ter dois filhos menores que dependem de seu sustento. Já a defesa de Flávio Willame da Silva e Francisco Luan da Sena pediram relaxamento de suas prisões preventivas por excesso de prazo de conclusão do processo ou a revogação de sua pena para medidas cautelares. O juiz negou e manteve prisão preventiva.
Segundo o magistrado, a forma de como foi executado o crime revela a gravidade e violência do delito. A decisão de manter prisão preventiva se dá como garantia da ordem pública pelo fato de cinco dos acusado possuir antecedentes criminais. Quanto ao caso de Igor Andrade e Thaís Monait, as custódias não poderão ser convertidas em prisão domiciliar, ainda que possuam filhos menores de idade. Seus filhos devem ser cuidados pelos familiares dos presos enquanto estiverem cumprindo pena.
Em outra decisão publicada na última segunda-feira (15), o juiz marcou a audiência de instrução e julgamento para os dias 12, 13 e 14 de junho. Na ocasião serão ouvidos testemunhas e os acusados do crime.
Entenda o caso
O cabo do Bope, Claudemir Sousa, 32 anos, foi assassinado na noite do dia 06 de dezembro do ano de 2016, ao sair da Academia Adrenalina, no bairro Saci, zona sul de Teresina. Dois homens que estavam em um Fiat Uno preto, foram os autores de vários disparos contra o policial. Eles fugiram com o apoio de outros dois, que estavam em uma moto.
De acordo com a Polícia Civil, os homens chegaram a tomar sorvete ao lado da academia enquanto esperava a vítima sair do campo de visão das câmeras de segurança do estabelecimento para evitar imagens do assassinato.
Oito pessoas foram presas acusadas de participação no crime. Entre elas, Maria Oceonira Barbosa, noiva do policial Claudemir. A mulher foi apontada como coautora do assassinato do policial. Apesar de estar com casamento marcado para fevereiro de 2017, Oceanira mantinha um relacionamento amoroso com Leonardo Ferreira Lima, também envolvido no crime.