segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Professores protestam na Alepi no dia da entrega da proposta de reajuste



A mensagem do governador ainda não chegou à Casa e eles pedem diálogo com os parlamentares. Presidente fala em "tramitação normal".


Um grupo de servidores da rede estadual de ensino público protestou em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) na manhã desta segunda-feira (17), mesmo dia em que o Governo do Estado deve encaminhar à Casa a mensagem contendo a proposta de reajuste salarial para a categoria. Em greve desde a semana passada, os trabalhadores discordam do percentual de reajuste oferecido pelo Governo, cerca de 4,17%.
A proposta será levada pelo secretário de Educação, Ellen Gera, e pelo secretário de Governo, Osmar Júnior. Sobre as reivindicações da categoria, o governo já descartou qualquer possibilidade de alterar o valor proposto, entendendo que ele supera o estabelecido pelo piso nacional. Na última sexta-feira (14), representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Estado (Sinte-PI) se reuniram com membros do Legislativo para discutir a proposta.

Foto: Breno Cavalcante/O Dia
Participante do encontro, a deputada Teresa Britto (PV) explicou que os 4,17% concedidos de reajuste pelo Estado “representa quase nada o valor que se está pleiteando”. Segundo ela, o Governo está incluindo a gratificação de regência de classe para complementar o piso nacional, por isso o valor concedido está acima do piso. “Na verdade, a regência pode até ser incluída, mas não somada ao salário para que possa complementar o piso nacional e dizer que o que se está oferecendo está acima do que a lei prevê”, explicou a parlamentar.
Até o final da manhã, a mensagem do Executivo com o reajuste salarial ainda não havia sido enviada ao Parlamento. Representantes da oposição já disseram que vão convocar uma audiência pública para a próxima semana para discutir diretamente com as classes o que for proposto.
Quanto à tramitação do projeto na Casa, o presidente da Alepi, deputado Themístocles Filho (MDB) garantiu que ela ocorrerá dentro da normalidade e que a Assembleia está aberta ao diálogo com os servidores. “Eu acho que nunca o Parlamento se negou ao diálogo e não vai ser diferente agora, mas o projeto vai tramitar como todas as matérias de interesse público”, disse Themístocles.

fonte www.portalodia.com