Economia do Piauí só deve melhorar no último trimestre de 2017
O Governo do Estado do Piauí fecha o ano de 2016 com um déficit de R$ 400 milhões
O ano de 2017 não será nada fácil para a economia do Estado do Piauí. Existe uma sinalização de melhora para o segundo semestre ou último trimestre do ano. O alerta é do secretário de Fazenda Rafael Fonteles, acrescentando que a PEC do Estado representa apenas a garantia de mais recursos para investimento em obras, a longo prazo.
Rafael Fonteles
O Governo do Estado do Piauí fecha o ano de 2016 com um déficit de R$ 400 milhões no custeio da máquina pública. Os números estão no mesmo patamar dos dois anos anteriores (2014 e 2015). Significa que o Piauí conseguiu índices econômicos sem o reflexo da crise que afeta o Brasil inteiro.
“Mas para o ano de 2017 a situação será muito difícil. Precisamos de termos uma cautela muito grande. Não existe sinalização de melhora para os primeiros seis meses do ano. Precisamos ter a mesma cautela para enfrentarmos mais um ano de crise”, disse Fonteles, que é mestre em economia matemática.
Para secretário de governo do Piauí, Merlong Solano, é preciso que o Estado continue fazendo “o dever de casa” para enfrentar a crise sem ter que atrasar e até parcelar salários dos servidores, como acontece no Rio de Janeiro, onde até demissões estão acontecendo.
“Por isso a necessidade da PEC do Estado. Ela apenas limita o volume de gasto com a folha e isso já tem até previsão legal, através da Lei de Responsabilidade Fiscal. É preciso que tenhamos também recursos para investimentos em obras. O cidadão não pode pagar impostos apenas para ser gasto com a folha de pagamento dos servidores”, defende Merlong.
“A proposta apresentada pelo Governo do Estado é a melhor opção possível. O Piauí precisa ter condições de negociar com o governo federal, que está impondo a adoção de medidas para contenção de gastos, mas a PEC do Piauí é completamente diferente da PEC 55, do governo Temer. Haverá a adequação das despesas às receitas, mas sem prejuízo aos servidores”, afirma Merlong Solano.
A economia nas obras
A situação econômica do país atingiu em cheio o setor da construção civil. O representante dos empresários da área, André Baía, diz que existe “uma luz no final do túnel” de melhora, mas somente para os últimos meses do ano de 2017.
A construção civil foi a mais afetada no Piauí, fechando cerca de 80 por cento dos canteiros de obras, conseqüentemente, demitindo grande maioria dos operários
Produto Interno Bruto
Mesmo diante de toda a crise nacional, o Piauí foi um dos estados que conseguiu apresentar maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam crescimento de 5,3 por cento.
Custo de vida
O crescimento do Estado com relação ao PIB não fez cair o preço da cesta básica. No mês de novembro de 2016, Teresina registrou um aumento médio de 0,47% no índice de preço ao consumidor. O levantamento foi realizado pelo Fundação Cepro. Os alimentos foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária registrada.
fonte www.portalaz.com.br