terça-feira, 5 de novembro de 2013

Comerciantes reprovam terreno da nova Rodoviária dos Pobres


Comerciantes reprovam terreno da nova Rodoviária dos Pobres

Segundo os permissionários, a área que abrigará os trabalhadores será alugada pela Prefeitura e pode não comportar a todos

A construção da nova Rodoviária dos Pobres, na zona Sul de Teresina, será iniciada nos próximos 30 dias em decorrência da duplicação da BR 316 e, após inúmeras discussões, os comerciantes irão para a rua Maria Araújo, próximo à rodovia. A escolha do terreno gerou discordância entre os comerciantes.
A rua oferece acesso aos bairros Santa Fé, Angelim e Santo Antônio, sendo utilizada, geralmente, pela empresa de ônibus Transcol que faz linha Vamos Ver o Sol. Segundo os comerciantes, o problema da nova Rodoviária está relacionado ao aluguel do terreno.
“A Prefeitura não comprou nada. O que vai acontecer é o aluguel do terreno para construção do Terminal. E, se um dia, o dono do terreno não quiser mais alugar? Nós seremos expulsos, não temos garantia alguma. A gente quer um lugar seguro”, disse a comerciante Antônia da Conceição.
O novo espaço é próximo à atual Rodoviária dos Pobres. Porém, apesar da proximidade, os comerciantes alertam que a faixa principal será voltada para a rua, e não para a BR. Mas, de acordo com a assessoria de comunicação da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sul (SDU Sul), a rota dos ônibus será alterada com duplicação da BR. Com isso, a passagem dos ônibus em frente à nova rodoviária acontecerá por meio de uma alça lateral.
Até o momento, os comerciantes não foram informados da nova rota, segundo o permissionário Pedro Santos. “Os ônibus não vão entrar na rua (Maria Araújo) pra depois voltar e seguir na BR”, avalia. Ele acredita que os trabalhadores podem perder clientes com essa nova configuração no trânsito local.
“A gente vai acabar perdendo a clientela porque os ônibus vão acabar passando direto. O ideal seria outro lugar, na BR mesmo, ou então que os ônibus comecem a passar, em rota normal, dentro dessa rua”, comentou o comerciante Pedro Santos, que já trabalha há 18 anos e mora na própria rodoviária.

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Foto: Assis Fernandes/ODIA