Manifestações de moradores do Aeroporto devem seguir até dezembro
População contesta desapropriação e valor de indenização.
As manifestações contra a desapropriação de moradores no entorno do Aeroporto de Teresina, Petrônio Portela, tiveram início na manhã de hoje (05) e devem seguir até o fim de dezembro. A população pede alternativas, como a construção de outro aeroporto, em um local mais afastado da cidade ou o aumento do valor da indenização às famílias. A Infraero, contudo, descarta a possibilidade de construção de um novo terminal em tempo hábil.
Fotos: Jailson Soares/O Dia.
O protesto, no início da manhã, contava com pouco mais de 80 pessoas, que segurando faixas e com o apoio de um carro de som, bloqueavam as saídas do aeroporto e a Avenida Centenário, buscando chamar a atenção de quem passava pelo local.
O protesto, no início da manhã, contava com pouco mais de 80 pessoas, que segurando faixas e com o apoio de um carro de som, bloqueavam as saídas do aeroporto e a Avenida Centenário, buscando chamar a atenção de quem passava pelo local.
“Disseram que há um terreno, que nós nem sabemos onde fica, para onde levarão todos os moradores desapropriados, mas acho difícil que esse espaço consiga abrigar a todos”, disse a moradora Vanda Célia Vieira de Aguiar.
Além disso, os moradores contestam o valor da indenização prometida, de R$ 30 milhões. Segundo eles, que possuem casas avaliadas em até R$ 400 mil, o valor a ser recebido será muito inferior. Ao todo, cada uma das 2 mil pessoas deverá receber no máximo R$ 15 mil. Para a população do bairro, a melhor alternativa seria a construção de um novo aeroporto em um local mais afastado.
O superintendente da Infraero no Piauí, Wilson Estrêla, explicou que tanto o valor da indenização quanto as medidas de desapropriação estão sendo tomadas porque a situação do aeroporto necessita de medidas emergenciais. Hoje, segundo ele, o terminal aeroviário já não atende a demanda de passageiros. Com a apliação, o atendimento anual, que é de 1,1 milhão de pessoas, deverá passar para 13 milhões. O espaço, que é de 3.000m², passará a ser de 29.000m².
Repórter: Maria Clara Estrêla (do local) e Maria Romero (redação)