Ministério Público investiga denúncia de que policiais civis recebem propina
O coordenador do Grupo de Atuação Especial do Combate ao Crime Organizado (GAECO da Procuradoria Geral de Justiça), o Promotor de Justiça Antônio Rodrigues de Moura, afirmou que enviou para a Corregedora Geral da Polícia Civil, Delegada Fernanda Paiva Nunes, a denúncia de que policiais civis estão recebendo R$ 500 por quinzena de traficantes de drogas.
Segundo ele, essa denúncia um dos traficantes que possivelmente pagam policiais é Cleyton Ventão.
O Promotor de Justiça Antônio Rodrigues de Moura, disse que essa denúncia foi feita pela ex-amante de um traficante durante os depoimentos prestados no procedimento investigatório criminal aberto pelo Ministério Público sobre uma fotografia encontrada no celular do acusado de tráfico de drogas Allankardec Silva Sabino. Na foto ele aparecia ao lado do Delegado Geral da Polícia Civil do Estado, James Guerra Júnior.
Ao final do inquérito, o Ministério Público pediu o arquivamento que foi deferido pela justiça.
O Promotor de Justiça afirma ainda que a pessoa ouvida no procedimento investigatório criminal teve um relacionamento com o acusado e afirmou ter presenciado policiais civis recebendo dinheiro de traficantes que seria para extorsão ou usado em proteção dos traficantes.
“As duas hipóteses são graves porque envolvem agentes públicos que tem a missão de combater a criminalidade. Um dos traficantes citados foi Clayton Ventão”, falou Antônio de Moura.
Segundo ele, seria possível que os policiais estivessem repassando informações privilegiadas para evitar a prisão dos traficantes e apreensão de drogas. As testemunhas disseram que os pagamentos aos policiais eram feitos de maneira periódica, semanal ou quinzenalmente no valor de 500 reais.
“Com policiais civis recebendo propina dos traficantes há prejuízos no combate ao tráfico de drogas, porque um agente público que tem a função de combater o tráfico de drogas vaza informações, com isso a tendência é que as operações policiais não cheguem ao objetivo almejado. Corre o risco dos traficantes esconderem as provas dos crimes”, finalizou o Promotor de Justiça.
