sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Para “pequenos”, campanha deve ter financiamento público, diz candidato


Para “pequenos”, campanha deve ter financiamento público, diz candidato

Candidatos ao Governo nas eleições pedem mudanças na Legislação Eleitoral.

Os candidatos ao governo do Estado que possuem uma menor estrutura de campanha denunciam que o financiamento privado torna a disputa eleitoral desigual e pedem mudanças na Legislação Eleitoral. O professor Maklandel Aquino (PSOL), candidato ao governo do Estado, considera o financiamento privado de campanha um “crime”.
O candidato afirma que este tipo de financiamento favorece uma relação “promíscua” entre candidatos e empresários. Segundo ele, a corrupção na política tem início no momento em que o candidato recebe dinheiro de empresários. “Defendemos o financiamento público de campanha. Um empresário não financia uma campanha, ele investe porque vai querer no futuro um benefício”, declarou.

Maklandel Aquino (PSOL) considera um crime o uso de dinheiro privado em campanhas eleitorais
O poeta Neto Sambaíba é contrário a qualquer tipo de financiamento e defende uma campanha apenas de debate de ideias. “A minha campanha tem sido uma das mais baratas. Não tenho gasto com praticamente nada. Defendo que não exista nem o financiamento público e nem o privado. A campanha devia ser apenas de debates e discussões políticas”, comentou.

Neto Sambaíba (PPL)
Para o professor Daniel Solon (PSTU), o financiamento privado de campanha favorece uma “sangria” de recursos públicos. “As empresas que mais doam dinheiro são as empreiteiras. Depois da eleição essas empresas ganham a licitação de grandes obras. Em consequência, assistimos a um festival de obras que nunca são concluídas. É uma sangria de dinheiro jogado no lixo”, comentou.

Daniel Solon (PSTU)
A questão está sendo tratada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em função de uma ação direta de inconstitucionalidade movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que pede o fim do financiamento de campanhas eleitorais por pessoas jurídicas. Na ação, a entidade sugere um prazo de adaptação de 24 meses até que as regras entrem em vigor.
Por 7 votos a 1, a maioria dos ministros do STF votaram pela proibição de doações de empresas a campanhas eleitorais e partidos políticos. O julgamento foi suspenso porque o ministro Gilmar Mendes pediu vistas do processo. Ainda faltam os votos de três magistrados.
fonte portal o dia