QUEM PAGOU?Motorista é liberado com fiança de R$ 7 mil
DIRIGIA CARRO QUE LEVAVA OS R$ 180 MIL: Valor foi pago diretamente à Justiça Federal
Já está solto o motorista que dirigia o veículo do funcionário do senador Wellington Dias, do PT. O carro de José Martinho Araújo, primo do senador petista, transportava 180 mil reais sem origem declarada escondidos no banco de trás. Para ser liberado, o motorista, preso em flagrante, teve que pagar 7 mil reais de fiança. E fez aparecer outra pergunta: de onde veio o dinheiro da fiança?
Paulo Fernando de Souza foi preso pela Polícia de Barreiras (BA) na semana passada, quando apresentou uma carteira de habilitação falsificada à Polícia Rodoviária Federal. Foi a PRF quem encontrou no carro do motorista de Wellington Dias a quantia de 180 mil reais, dinheiro que José Martinho Araújo não soube explicar de onde veio.
O juiz federal Igor Matos Araújo determinou que fosse concedida liberdade provisória ao preso, mediante o pagamento de fiança no valor de 10 salários mínimos. Na delegacia de Barreiras (BA), de acordo com o agente Josemar Correia, não se sabe onde o preso arrumou o dinheiro para pagar a fiança. Sabe-se, apenas, que ela foi paga e o preso foi liberado.
Motorista do veículo apresentou habilitação falsificada
A decisão da Justiça Federal da Bahia, datada do dia 12 de setembro, foi assinada com determinação de urgência em seu cumprimento. E mais este mistério – de onde veio o dinheiro da fiança – se apresenta neste caso polêmico.
ENTREVISTA POR TELEFONE COM JOSÉ MARTINHO
O motorista do Senado Federal, José Martinho Ferreira de Araújo, lotado no gabinete do seu primo, senador Wellington Dias (PT), candidato ao governo do estado, disse que vai deixar na mão dos advogados a explicação para a origem dos R$ 180 mil apreendidos em um Pálio Weekend quando a quantia era transportada de Brasília para o interior do Piauí.
O motorista do Senado Federal, José Martinho Ferreira de Araújo, lotado no gabinete do seu primo, senador Wellington Dias (PT), candidato ao governo do estado, disse que vai deixar na mão dos advogados a explicação para a origem dos R$ 180 mil apreendidos em um Pálio Weekend quando a quantia era transportada de Brasília para o interior do Piauí.
Contactado, José Martinho não quis dar detalhes, mas quando perguntado quais a providências que ele estava adotando para esclarecer a origem do dinheiro, disse que a questão estava com “os advogados”. “Isso aí é com os advogados, não é comigo não, é com os advogados. Estão trabalhando para isso”, falou, deixando brecha para novos questionamentos.
Rememorando os fatos, José Martinho Ferreira de Araújo disse que o dinheiro era dele, e que era fruto de sua labuta num comércio de bebidas localizado no Distrito Federal. Ora, se o dinheiro era dele e fruto do seu trabalho honesto no comércio, porque não explicar ele mesmo o que ocorreu, ao invés de deixar exclusivamente na mão de advogados?
José Martinho disse que não sabe quem lhe deu o dinheiro