Ver. Major Paulo Roberto critica valor da expedição de carteira estudantil
"E o que nós ganhamos da Cmei? Fumo! É uma exploração e não se presta conta, pois é uma entidade privada”, criticou o vereador sobre os R$ 27,70 cobrados para carteira de estudante
O vereador do PSD, Major Paulo Roberto, usou a tribuna da Câmara Municipal de Teresina, nesta quarta-feira (25/03) para criticar a Prefeitura da capital pela taxa de R$27,70 para expedição de identidades estudantis. Isto porque o município não assinou convênio com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), que possibilite a expedição do novo documento, que pode custar bem inferior, até R$ 9,99.
Atualmente, a Comissão Municipal Expedidora de Identidade Estudantil (Cmei) é responsável por fazer as carteiras de estudantes das redes públicas estaduais e municipais. De acordo com Major Paulo Roberto, o contrato da Prefeitura de Teresina com a Comissão, que é um instituição privada, é irregular.
“A Cmei não tem o que fazer e aumenta o valor da carteira. O que o Setut está fazendo não contempla os estudantes da rede pública municipal e estadual. E o que nós ganhamos da Cmei? Fumo! É uma exploração e não se presta conta, pois é uma entidade privada”, destacou o vereador ao fazer uso da tribuna da Câmara para discutir o assunto.
Enquanto os estudantes de diversas escolas e faculdades particulares de Teresina e de Timon vão pagar R$ 6,30 e R$ 9,99, os estudantes da rede municipal de ensino vão continuar no fumo pagando R$27,70”, criticou o vereador.
A nova Carteira Estudantil Eletrônica, expedida pelo Setut, resguarda os mesmos direitos assegurados aos estudantes, e agrega, num só cartão magnético, o cartão de meia passagem e a identidade estudantil. Além disso, a nova identidade estudantil contará com seguro pessoal e sorteio semanal em uma quantia de dinheiro.
Os estudantes ligados à Coordenadoria Municipal de Juventude (Comuj), entidade de Timon (MA) e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) pagarão R$ 6,30 pela taxa de expedição da Carteira Estudantil Eletrônica 2015, enquanto que os alunos das demais instituições conveniadas terão que pagar taxa de R$ 9,99.
“Prefiro acreditar que o prefeito Firmino Filho não tenha conhecimento disso. Somete esta instituição [Cmei], que é privada, levará dos nossos alunos neste ano de 2015, pouco mais de R$ 1,2 milhão. É um descalabro com os estudantes das escolas públicas”, criticou o Major Paulo Roberto. O vereador garante que, segundo estudos realizados pela Câmara, o valor de custo da expedição não ultrapassa a quantia de R$ 3.
Por sua vez, o líder do prefeito Firmino Filho na Casa, o vereador José Ferreira (PSD), garantiu que pretende conversar com o chefe do poder executivo municipal, juntamente com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans), em busca de diálogo sobre o assunto, numa tentativa de universalizar o valor da carteira estudantil na capital.
