sábado, 11 de abril de 2015

Sete creches de THE estão com obras paradas e moradores se sentem prejudicados


Sete creches de THE estão com obras paradas e moradores se sentem prejudicados

Data da retomada das obras ainda é indefinida.

As sete creches do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil – Proinfância –, estão com as obras paradas desde o ano passado. A empresa responsável pela construção é a MVC Engenharia e foi escolhida por meio de uma licitação feita pelo Governo Federal através de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Por conta de problemas com a empresa, o contrato foi rescindido e uma nova licitação será feita para a conclusão das obras. A data da licitação, no entanto, ainda é indefinida.
Fotos: Marcela Pachêco/ODIA
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semec), a construtora foi ineficiente e não entregou os prédios na data. Por esse motivo, o contrato foi desfeito e a empresa já começou a fazer a retirada de materiais, como tijolos, mármores, portas e janelas.
As instituições de ensino infantil ficam localizadas nos bairros Primavera Leste, Santa Isabel, Portal da Alegria, duas no Vale do Gavião - sendo uma na comunidade Sigefredo Pacheco I e outra na Zequinha Freire - e duas no Renascença - sendo uma na comunidade Evangelista II e outra na Evangelista III. 
Os moradores se dizem prejudicados com o abandono das construções. A dona de casa Natália Maria Rodrigues, que reside na comunidade Sigefredo Pacheco I, é mãe de dois filhos e relata a dificuldade em colocar as crianças em outras creches. “Aqui na comunidade não tem creche, essa seria a única. Ou seja, todo mundo que mora na região precisa. Se o local já tivesse funcionando, meus filhos iriam até caminhando. Agora, eu os coloquei na creche que fica em uma comunidade próxima e eles têm que ir de ônibus. Se o ônibus não passar, eu tenho que ir deixá-los caminhando”, detalha.
A creche da comunidade Sigefredo Pacheco I está avaliada em R$ 1,6 milhão e se iniciou em janeiro de 2014. A previsão para a entrega seria em julho daquele ano, mas a obra está abandonada. “Outra preocupação é se o local começar a ser usado por bandidos ou usuários de drogas, porque está completamente abandonado e o mato já está crescendo”, observa Natália Maria.
O ajudante de pedreiro Bruno Carvalho trabalhou na construção da creche do bairro Primavera Leste. Ele afirma que recebeu apenas o primeiro salário e depois a construtora não enviava mais os pagamentos dos trabalhadores. “Eu trabalhei desde o começo da obra, mas eles não pagavam a gente direito. Um representante da empresa acompanhava a construção e era o responsável pelo nosso pagamento. Depois de alguns meses, ele deixou de ir e nunca mais o vimos. Recebi apenas o primeiro salário dos cinco meses que fiquei no local. Essa mesma situação aconteceu com todos os outros quinze trabalhadores que estavam na obra”, garante.
Bruno completa dizendo que não tem mais notícias da empresa. "A gente tinha um número de celular, que ninguém atende mais. Eles saíram sem dar uma justificativa para os trabalhadores e sei que não vamos ser mais procurados", finaliza.
Portal tentou entrar em contato com a empresa, mas não obteve resposta.
fonte portal o dia