terça-feira, 23 de junho de 2015

Marinalva Santana Grupo Matizes comemora rejeição do Título de Cidadania a Marco Feliciano


Marinalva Santana

Grupo Matizes comemora rejeição do Título de Cidadania a Marco Feliciano

A decisão foi comemorada pelos grupos que apoiam a causa LGBT, que, mesmo em menor número, conseguiram se mobilizar durante a votação extrapauta.


Com 15 votos contrários, a proposta do vereador Ricardo Bandeira (PSDC) de conceder Título de Cidadão Teresinense ao deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi rejeitada, na manhã desta terça-feira (23), pelo Plenário da Casa. A decisão foi comemorada pelos grupos que apoiam a causa LGBT, que, mesmo em menor número, conseguiram se mobilizar durante a votação extrapauta. 

Para Marinalva Santana, uma das coordenadoras e fundadoras do Grupo Matizes, a rejeição do projeto pode ser considerada uma vitória para os grupos que lutam pela igualdade de gêneros. No entanto, ressalta a militante da defesa da comunidade LGBT no Piauí, muito ainda há muito por se fazer em prol da luta contra a discriminação, o preconceito e a homofobia.
Imagem: DivulgaçãoMarinalva Santana(Imagem:Divulgação)Marinalva Santana
“A Câmara agiu com bom senso, pelo menos isso. Pois conceder a maior honraria do nosso município a uma pessoa que prega o ódio a várias classes, como os homossexuais e os negros, não merece qualquer tipo de reconhecimento. Além disso, esse deputado não tem nenhum serviço prestado a Teresina que justifique o recebimento de um Título. Diante dessa vitória, também esperamos que os vereadores possam adotar um parâmetro para avaliar as pessoas a quem estão dando títulos de cidadania”, argumentou Marinalva Santana.

O projeto de concessão de Título de Cidadania Teresinense ao pastor Marcos Feliciano já havia sido retirado de pauta em outro momento, havendo retornado na manhã desta terça em virtude da polêmica sobre a “ideologia de gêneros” inserida no Plano Municipal de Educação. Na oportunidade, a Câmara Municipal contava com maioria do plenário ocupada por representantes de grupos religiosos contrários ao reconhecimento dos direitos do público LGBT.

“Por isso mesmo, ele [Ricardo Bandeira] achou que poderia colocar o projeto em pauta e passar despercebido. Temos que continuar lutando, pois não pode ser normal a quantidade de mortes envolvendo gays e lésbicas em todo o país, assim como não pode ser normal as agressões e o desrespeito que vêm proliferando em relação aos LGBTs”, concluiu Marinalva.

fonte gp1