No Piauí, Janot foge da imprensa e se nega a falar sobre processo de Cunha
No seu discurso, o procurador Geral classificou a corrupção como "latrina fétida".
O procurador Geral da República, Rodrigo Janot, veio a Teresina nesta quinta-feira (10) para participar da inauguração do novo prédio do Ministério Público Federal, localizado na avenida João XXIII. Muito assediado pela imprensa, ele fugiu das perguntas e se negou a falar principalmente sobre o processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Fotos: Elias Fontinele/ODIA
No seu discurso durante a solenidade de inauguração, Janot se limitou a falar sobre a importância do prédio como referência institucional para o MPF do Piauí e fez uma referência rápida à corrupção. “Esse esgoto, essa latrina fétida que vampiriza o dinheiro público e vai atender a objetivos inconfessáveis”, classificou o procurador.
Rodrigo Janot também fez um apelo para que a sociedade assine o projeto de lei de iniciativa popular que trata sobre as 10 medidas que poderiam melhorar a atuação dos órgãos de controle. “São necessárias 1 milhão e 500 mil assinaturas para dar início ao processo no Congresso Nacional. Temos 900 mil até agora e precisamos do apoio dos brasileiros. Acreditamos que iremos conseguir levar essas propostas para o legislativo”, ressaltou o procurador.
Ao final da solenidade, Janot e demais autoridades participaram de um coffee break no 5º andar do edifício, que teve o acesso à imprensa negado.
O Piauí possui 12 procuradores, sendo que nove deles atuam em Teresina. Os demais trabalham nos municípios de Picos, Parnaíba, Floriano, São Raimundo Nonato e Corrente, que terá uma sede inaugurada nos próximos dias. De acordo com o procurador-chefe da Procuradoria da República no Piauí, Marco Aurélio Adão, está sendo aguardada a nomeação de mais dois procuradores para atuarem no interior do Estado.