terça-feira, 5 de abril de 2016

"Violência acintosa", diz Robert Rios sobre lei que tira Guardião da Polícia Civil


"Violência acintosa", diz Robert Rios sobre lei que tira Guardião da Polícia Civil


O deputado estadual, Robert Rios Magalhães (PDT), ex-secretário de Segurança Pública, fez duras críticas na tarde desta terça-feira (5) ao projeto de lei que propõe mudanças na estrutura administrativa da Polícia Militar do Piauí.

Segundo Rios, transferir o Núcleo de Inteligência da Polícia Civil para a Militar é uma “violência acintosa”. O projeto foi elaborado pelo governo do Estado e encaminhado a Assembleia Legislativa.
“É um horror transferir o núcleo de inteligência para a Polícia Militar. Isso é um sequestro. Não existe em lugar nenhum. Onde já se viu militar ter guardião. É uma violência acintosa”, esbravejou Robert Rios.
Opositor ferrenho do governo, o parlamentar disse que o projeto é um “renascimento do boicote”. 
“É um núcleo para vigiar agentes políticos e os movimentos sociais”, disse Rios.
Ele também criticou a postura do secretário Fábio Abreu. “Isso é coisa de capitão. A inteligência é coisa da Civil que faz as investigações e que preside inquérito. Isso é coisa de Fábio Abreu”, disse. 
O projeto prevê a criação de várias diretorias, entre elas a de Gestão de Inteligência da Segurança Pública. A pasta terá competência para planejamento, coordenação, fiscalização, execução, supervisão e controle das atividades de inteligência de segurança pública, bem como o gerenciamento de intercepção de sinais.
Segundo Robert Rios o projeto não será aprovado pela Assembleia.
“Esse projeto não vai passar. É um absurdo e tenho certeza que o governador Wellington Dias não está sabendo do que se trata essa lei”, disse Rios.
Segundo Robert Rios a lei “sequestra” competências da Polícia Civil e as transfere para a Polícia Militar, como o gerenciamento de intercepção de sinais. “Dessa forma quem vai fazer o grampo é a Polícia Militar que não faz inquérito policial. É uma aberração. Tenho cursos sobre Inteligência e sei que essas mudanças criam uma divisão contra inteligência”, desabafou.
O projeto iria ser votado hoje na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas devido à polêmica ficou para a próxima terça-feira. O governo pediu urgência na tramitação, já que só poderá conceder reajuste aos militares após a aprovação do projeto.

fonte cidadeverde.com