quarta-feira, 6 de julho de 2016

Pagcontas é vendido por R$ 3 milhões para empresa da Bahia


Pagcontas é vendido por R$ 3 milhões para empresa da Bahia

Os mesmos serviços continuam a ser oferecidos

O empresário Sílvio Leite anunciou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (06) que vendeu o Pagcontas, que existe desde 2010, para uma empresa da Bahia pelo valor de R$ 3 milhões. Os mesmos serviços continuam a ser oferecidos, mas agora através da Logmais, que já existe em outros 10 estados do Brasil.
Segundo Sílvio Leite, a decisão foi tomada após um impasse com o Banco do Brasil, que estaria aumentando a cobrança das tarifas e exigindo que o Pagcontas se expandisse para outros estados do Brasil como correspondente bancário. “A receita estava reduzindo e as despesas aumentando. Cada boleto, por exemplo, iria me custar R$ 8,00 a partir do próximo mês. Isso não compensa”, alega o empresário.
Fotos: Andrê Nascimento/ODIA
A negociação com os novos donos do Pagcontas foi avaliada como desfavorável para Sílvio Leite. Ele lembra que há 10 anos recebeu uma proposta para vender a empresa por R$ 35 milhões, mas não aceitou a oferta. “Vendi por um valor muito baixo”, disse. Desde que foi criado, o Pagcontas movimentou mais de R$ 18 bilhões. A média atual, por mês, é de quase R$ 105 milhões.
O Pagcontas permanece no mercado, mas recebendo apenas carnês de pequenas empresas de segmentos diferenciados. “O Pagcontas Carnê vai atender aos clientes de empresas de eventos e formaturas, óticas, colégios, planos odontológicos, faculdades, cooperativas ou sindicatos. Mas esses pagamentos não poderão ser feitos em boleto”, destacou Sílvio Leite.
Atualmente, o empresário piauiense mantinha 230 empregos diretos, com cerca de 800 postos espalhados em 124 municípios do Piauí. A maioria desses funcionários, 200, foram aproveitados pela nova empresa. Seis empregados permanecem no Pagcontas Carnê e o restante foi desligado.
Projetos Sociais
Emocionado, Sílvio Leite destacou que não vai se aposentar e falou sobre os projetos sociais que pretende desenvolver, como uma escola de música e uma escola de balé. Futuramente, o objetivo é criar uma fundação.
Segundo o empresário, a escola de música e de dança seria para juvens de até 25 anos. “Eles poderão frequentar por até dois anos. Eu vou pedir o apoio do Estado, mas quero administrar e bancar o projeto”, afirmou Leite.
Ele ressaltou ainda que continua apoiando projetos sociais como o Lar de Maria em Teresina, a Creche Dom Abel em Campo Maior, a Apae em Piripiri e o Centro Infantil Boldrini em Campinas, São Paulo, onde o seu filho fez tratamento contra o câncer, antes de morrer. “Eu ajudo por causa dele”, disse Sílvio Leite, chorando. 

fonte http://portalsrn.com.br